Trabalho completa um mês, nesta sexta-feira (23), e já retirou uma tonelada de resíduos da peça pré-histórica de dinossauro herbívoro, que está em Presidente Prudente (SP). Maior fóssil da pelve de um titanossauro conhecido no Brasil, em Presidente Prudente (SP)
Leonardo Bosisio/g1
Após um mês do início dos trabalhos na Escola Técnica Estadual (Etec) “Professor Doutor Antônio Eufrásio de Toledo”, também conhecida como Colégio Agrícola, em Presidente Prudente (SP), o g1 registrou as primeiras imagens do maior fóssil da pelve de um titanossauro conhecido no Brasil fora do gesso.
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A ossada pré-histórica do dinossauro herbívoro foi encontrada por paleontólogos, em 2014, em uma fazenda na cidade de Alfredo Marcondes (SP), e, somente após oito anos da descoberta, ela foi retirada da terra.
O diretor da Etec, Thadeu Spósito, disse ao g1 que cerca de uma tonelada de gesso e resíduos de solo foram retirados da ossada desde o início do trabalho dos pesquisadores, no dia 23 de julho deste ano. Além disso, só para fazer a sustentação e a base do fóssil já foram gastos 400 quilos de gesso.
Já neste sábado (24), o biólogo Kauê da Silva Fontes deve dar início à produção de uma “tampa” de gesso para finalizar a imobilização da peça. Ele explicou ao g1 que está aplicando paraloid, que é uma resina termoplástica, dissolvido em álcool para estruturar a peça por dentro.
A previsão é de que o fóssil seja levado por um caminhão, na próxima semana, para a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde os resíduos restantes de solo serão retirados e a peça poderá ser estudada pelos pesquisadores.
Aplicação de paraloid dissolvido em álcool no maior fóssil da pelve de um titanossauro conhecido no Brasil, em Presidente Prudente (SP)
Leonardo Bosisio/g1
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Maior fóssil da pelve de um titanossauro conhecido no Brasil, em Presidente Prudente (SP)
Leonardo Bosisio/g1
Bacia completa 🦕
Segundo o doutor em paleontologia e coordenador do Laboratório de Paleontologia de São Gonçalo, André Eduardo Piacentini Pinheiro, disse ao g1, mesmo protegido, o fóssil estava bastante fragilizado por ter ficado tanto tempo exposto às intempéries até 2022 e é a maior e “uma das únicas bacias completas conhecidas desse grupo de dinossauros no Brasil”.
“Esse elemento pertencia a um animal bastante grande, ainda não tenho como estimar o tamanho, mas é um animal que deveria chegar aos seus 30 metros de comprimento tranquilamente. Essa peça constitui uma cintura pélvica, os ossos ilíacos de um grande titanossauro que andou pela região há pelo menos 80 milhões de anos”, esclareceu o paleontólogo.
Maior fóssil da pelve de um titanossauro conhecido no Brasil protegido com gesso (à esquerda) e ossada exposta após retirada do gesso (à direita)
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Em Presidente Prudente, já foram descobertos fósseis de três titanossauros:
Gondwanatitan faustoi,
Brasilotitan nemophagus e
Austroposeidon magnificus.
O fóssil descoberto em 2014 passará por análises para que os pesquisadores tenham a certeza da espécie à qual pertence.
“A gente vai tentar descobrir se essa pelve pertenceu a algum desses animais já conhecidos ou se potencialmente pode pertencer a uma espécie ainda desconhecida para a ciência”, afirmou o paleontólogo ao g1.
Maior fóssil da pelve de um titanossauro conhecido no Brasil, em Presidente Prudente (SP)
Leonardo Bosisio/g1
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