16 de novembro de 2024

Preso em operação sobre venda de sentença, filho de desembargador trabalhava em gabinete de senador

Thales Maia, alvo de operação por suposto esquema de venda de sentença judicial, recebia salário de R$ 7,1 mil do Senado. A defesa de Thales afirmou que se manifestaria quando tivesse acesso aos autos. Viaturas descaracterizadas da Polícia Federal na frente do Fórum de Palmas
Ana Paula Rebhain/TV Anhanguera
Thales André Pereira Maia, preso preventivamente nesta sexta-feira (23) na operação que investiga um suposto esquema de venda de sentenças judiciais no gabinete do pai dele, o desembargador Helvécio de Brito Maia Neto, estava lotado no gabinete do senador Eduardo Gomes (PL-TO).
Thales exerce cargo de confiança no escritório político de Eduardo Gomes em Palmas desde 2019. De acordo com informações do próprio Senado, seu salário era de R$ 7.137,36.
Procurado, Eduardo Gomes afirmou que Thales sempre apoiou suas campanhas e desempenhava função de assessoramento. “Respeitando o princípio da ‘presunção da inocência’, determinei sua exoneração para que ele possa dedicar-se integralmente à sua defesa” esclareceu.
Mais cedo, ao g1, a defesa de Thales afirmou que se manifestaria quando tivesse acesso aos autos.
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Chamada de Operação Máximus, a ação foi autorizada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Foram cumpridos nesta manhã dois mandados de prisão preventiva e 60 ordens de busca e apreensão em Tocantins, Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Distrito Federal. Parte deles foi cumprida no Fórum de Palmas e na sede do Tribunal de Justiça do Tocantins. Procuradores do Estado e chefes de órgãos públicos do executivo são alvos, além de advogados.
A investigação apura os crimes de corrupção ativa, exploração de prestígio, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O nome da operação faz referência à personagem do filme Gladiador (Máximus), que lutou contra a corrupção na cúpula do poder no Império Romano.
Durante buscas no endereço de outro desembargador, João Rigo Guimarães, em Araguaína, foram apreendidas armas. Ele é ex-presidente do TJ-TO e atual presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO). O g1 ainda não conseguiu contato com a defesa dele.

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