Publicações nas redes sociais utilizam foto de janeiro deste ano para insinuar apoio do sacerdote ao atual prefeito de São Paulo. É #FAKE que Ricardo Nunes tenha recebido benção de Padre Júlio para reeleição
Montagem g1
Circula nas redes sociais uma publicação alegando que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) teria pedido a benção do Padre Júlio Lancellotti para a reeleição de São Paulo. É #FAKE.
Selo fake
G1
A foto usada para repercutir a informação falsa mostra o prefeito sorrindo ao lado do padre Júlio. Dezenas de publicações enganosas foram encontradas no Facebook e no X.
Originalmente, a imagem foi publicada no Instagram do sacerdote em 8 de janeiro deste ano. Na legenda, ele diz que o encontro tinha o objetivo de discutir questões da população em situação de rua da cidade de São Paulo.
Foto usada para espalhar desinformação foi retirada do Instagram do padre Júlio Lancellotti em 8 de janeiro de 2024.
Reprodução/Instagram
O post tira de contexto o registro do encontro para insinuar que o padre Júlio estaria dando apoio à candidatura de Nunes, que concorre à reeleição para a prefeitura da capital.
Ao Fato ou Fake, a assessoria de imprensa do prefeito confirmou que a foto é de uma agenda do início do ano e que não tem relação alguma com a campanha.
Procurado, o padre Júlio afirmou: “Essa foto é de uma visita que foi feita em janeiro para tratar de questões ligadas à situação de rua. Dizer que essa foto é apoio é fake, não há apoio a nenhum candidato.”
CPI contra o Padre Júlio
O encontro entre padre Júlio e Nunes ocorreu durante o período em que o vereador Rubinho Nunes (União Brasil) tentou abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar abuso e assédio sexual contra pessoas vulneráveis, em situação de rua e usuários de drogas na capital. Apesar do nome do sacerdote não ter sido mencionado no texto, ele era o alvo principal da proposta.
A CPI não foi aberta e em junho deste ano a Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o vereador. A investigação contra o vereador atende a uma determinação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que acatou um pedido do Instituto Padre Ticão.
Segundo a organização, o vereador cometeu abuso de autoridade ao tentar abrir uma CPI “mesmo sem qualquer indício de conduta criminosa por parte do pároco, com única motivação de produzir ganho pessoal de capital político”.
Fato ou Fake explica:
VEJA outras checagens feitas pela equipe do FATO ou FAKE
Adicione nosso número de WhatsApp +55 (21) 97305-9827 (após adicionar o número, mande uma saudação para ser inscrito)