A pesquisa também listou os candidatos à prefeitura e perguntou qual deles seria apoiado por Lula, Bolsonaro ou Castro; veja números. Cláudio Castro (PL) (foto de arquivo)
DAVI CORRÊA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO
Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (23) pelo jornal “Folha de S.Paulo” apresentou o índice de rejeição dos apoios políticos aos candidatos a prefeito do Rio. Segundo o levantamento, o governador Cláudio Castro (PL) é o que tem a maior rejeição como apoiador, seguido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo atual, Lula (PT) – que teve a menor rejeição.
O Datafolha apresentou uma lista com os nomes dos três e perguntou quanto o apoio de cada um deles é decisivo ou não na escolha do candidato. Veja o resultado:
Cláudio Castro: 64% não votariam de jeito nenhum em um candidato apoiado pelo governador (eram 61% na pesquisa anterior, de julho); 21% talvez votassem (eram 29%); 7% votariam com certeza (eram 5%); e 4% não opinaram (mesmo índice anterior), entre outras respostas (3%).
Jair Bolsonaro: 56% não votariam de jeito nenhum (eram 57% em julho); 17% talvez votassem (eram 19%); 23% votariam com certeza (eram 20%); e 3% não opinaram (mesmo índice anterior); entre outras respostas (2%).
Lula: 47% não votariam de jeito nenhum (eram 46% em julho); 26% talvez votassem (eram 36%); 21% votariam com certeza (eram 14%); e 3% não opinaram (mesmo índice anterior); entre outras respostas (3%).
O levantamento foi feito entre 20 e 21 de agosto e 1.106 eleitores de todas as regiões do Rio, de 16 anos ou mais, foram entrevistados presencialmente. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%.
A pesquisa foi contratada pela Folha e pela TV Globo e registrada na Justiça Eleitoral sob o número RJ-07042/2024.
Apoio a prefeitos
O Datafolha também listou os candidatos à prefeitura e perguntou qual deles seria apoiado por Lula, Bolsonaro ou Castro.
De maneira geral, as taxas de conhecimento foram minoritárias, sendo mais alta para o candidato apoiado por Lula.
A parcela de eleitores que declarou que Jair Bolsonaro apoiará Alexandre Ramagem foi a que mais cresceu. Veja os números abaixo:
Lula: uma parcela de 43% declarou que o presidente apoiará Eduardo Paes (eram 42% em julho), 6% que apoiará Tarcísio Motta (mesmo índice anterior) e 3% que apoiará Cyro Garcia (eram 4%). Uma fração de 2% respondeu que Lula não apoiará algum candidato (eram 3%) e 40% não opinaram (eram 38%).
Bolsonaro: o conhecimento do apoio do ex-presidente à candidatura de Ramagem cresceu de 17% para 28%. Uma parcela de 3% declarou que Bolsonaro não apoiará algum candidato (era 4%) e 47% não opinaram (eram 54%). Entre os eleitores de Bolsonaro em 2022, 32% têm conhecimento desse apoio, ante 45% que desconhecem quem será o apoiado pelo ex-presidente.
Castro: para 14%, o governador apoiará Eduardo Paes (eram 15% em julho) e, para 13%, apoiará Ramagem (eram 10%). Uma parcela de 2% declarou que Castro não apoiará algum candidato (era 4%), e 56% não opinaram (eram 54%).
Petistas x bolsonaristas: empate técnico
O Datafolha também mediu como os eleitores se veem, de petistas a bolsonaristas, em uma escala de cinco níveis.
Os pesquisadores pediram aos eleitores que posicionassem em entre 1 e 5, sendo que 1 significa ser bolsonarista e 5 ser petista. Nos campos mais extremos (posições 1 e 5), houve empate técnico, com 25% para cada lado. Veja o resultado:
25% se auto posicionaram como bolsonaristas (era 22% em julho), 7% se auto posicionaram na posição 2 (mesmo índice anterior), 21% se auto posicionaram como 3 (era 23%), 12% se auto posicionaram na posição 4 (mesmo índice anterior) e 25% se auto posicionaram na posição 5, como petista (eram 27%). Uma fração de 9% não se posicionou e 2% não opinaram.
Somando as posições 1 com 2 (bolsonaristas) e 4 com 5 (petistas), 32% dos eleitores se autoclassificaram como bolsonaristas e 37%, como petistas (posição 4 e 5); 29% se disseram independentes (posição 3 e aqueles que não se posicionaram).
Entre os que se auto posicionaram como bolsonaristas (posição 1), observam-se taxas mais altas entre os homens do que entre as mulheres (28%, ante 22%), entre os simpatizantes do PL (76%) e entre os eleitores de Alexandre Ramagem (62%).
Entre os que se auto posicionaram como petistas (posição 5), observam-se taxas mais altas entre as mulheres do que entre os homens (31%, ante 19%), entre os que têm 60 anos ou mais (38%, ante 17% entre os que têm 16 a 24 anos), entre os menos instruídos (34%, ante 23% entre os mais instruídos) e entre os eleitores de Eduardo Paes (32%).