Parte dos eleitores de cada uma dessas cidades diz que votaria em um nome indicado pelo presidente ou por seu antecessor, de acordo com pesquisa feita entre os dias 20 e 21 de agosto. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. Montagem com fotos de Lula e Bolsonaro em 2022
João Miguel Jr/Globo; Stephanie Rodrigues/g1
Uma pesquisa de intenção de votos divulgada pelo Datafolha nesta sexta-feira (23) mostra a influência que, neste momento, Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) têm na disputa pelas prefeituras de 4 capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife.
Os levantamentos, encomendados pela “Folha de S.Paulo” e TV Globo, são os primeiros desde o início da campanha eleitoral, em 16 de agosto. O primeiro turno acontece em 6 de outubro, daqui a pouco mais de um mês.
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O Datafolha perguntou aos eleitores se votariam ou não em um nome que tivesse o apoio do atual presidente ou do ex-mandatário.
Veja os números:
Em Belo Horizonte, o apoio de Bolsonaro tem um peso similar ao de Lula: 24% votariam com certeza num nome endossado pelo ex-presidente, enquanto 23% votariam em um candidato aliado do petista.
No Recife, a taxa de rejeição é maior a um nome associado a Bolsonaro (64%) em comparação a um candidato apoiado por Lula (32%).
No Rio, a adesão entre os evangélicos a uma candidatura com aval de Bolsonaro fica acima da média: 33% votariam com certeza e 41% não votariam de jeito nenhum. No caso de um candidato apoiado por Lula, 16% votariam certamente e 60% não votariam de jeito nenhum.
Em São Paulo, a maioria (63%) não votaria de jeito nenhum em um aliado de Bolsonaro, e o apoio de Lula a um candidato é rejeitado por 48% dos eleitores.
Veja, abaixo, mais detalhes sobre cada uma das 4 capitais.
📍 São Paulo
Em São Paulo, a maioria (63%) não votaria de jeito nenhum em um candidato apoiado por Bolsonaro, índice similar ao registrado no início do mês (65%). Já os que votariam com certeza em um nome endossado pelo ex-presidente somam 19% (eram 16%) e os que talvez optassem por essa candidatura são 16% (eram 18%). Há ainda 2% dos eleitores que preferiram não opinar ou responderam de outra forma a respeito do tema.
O apoio de Lula a um candidato é rejeitado por 48% dos eleitores (eram 44%), enquanto 23% com certeza votariam em um aliado do atual presidente (eram 20%). O percentual dos que talvez optassem por um nome associado ao petista caiu de 32% para 25%. Outros 3% não opinaram ou preferiram não escolher uma das alternativas apresentadas.
Na capital paulista, um em cada três (33%) dos evangélicos com certeza votaria em um candidato a prefeito apoiado por Bolsonaro, e 47% não votariam de jeito nenhum.
Entre os que declaram voto em Marçal, 43% dizem que escolheriam com certeza um nome endossado pelo ex-presidente, e 23% rejeitariam essa candidatura.
Na parcela que que declara voto em Nunes, 28% certamente votariam no candidato apoiado por Bolsonaro, e 50% rejeitariam quem carregasse esse apoio.
Entre os eleitores do Datena, 17% votariam com certeza em uma candidatura apoiada por Bolsonaro, e 73% a rejeitariam.
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📍 Rio de Janeiro
No Rio, 21% dos eleitores declararam que votariam com certeza em um candidato apoiado pelo petista (eram 14%). Outros 47% afirmaram que não votariam de jeito nenhum em um nome endossado por ele (eram 46% em julho), 26% talvez votassem (eram 36%) e 3% não opinaram (mesmo índice anterior) e 3% deram outras respostas.
No caso de Bolsonaro, 23% votariam com certeza em um nome apoiado pelo ex-presidente (eram 20%), 56% não votariam de jeito nenhum (eram 57%), 17% talvez votassem nesse candidato (eram 19%) e 3% não opinaram (mesmo índice anterior), entre outras respostas (3%).
Na parcela de evangélicos, a adesão a uma candidatura apoiada por Bolsonaro fica acima da média: 33% votariam com certeza no candidato, 20% talvez votassem e 41% não votariam de jeito nenhum.
No caso de um candidato apoiado por Lula, 60% não votariam de jeito nenhum, 17% talvez votassem e 16% votariam com certeza.
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📍 Belo Horizonte
Em BH, a maioria (55%) não votaria de jeito nenhum em um candidato a prefeito apoiado por Bolsonaro – índice menor ao registrado em julho, quando a rejeição era de 60%. Outros 24% disseram com certeza que votariam em um nome apadrinhado por ele (eram 22%). Outros 19% talvez votassem em um aliado do ex-presidente e 2% não opinaram.
Com índice estável, 53% rejeitam votar em um candidato apoiado por Lula, e 23% com certeza optariam por essa candidatura (eram 22%). Há 21% que talvez optassem por um nome associado ao atual presidente (eram 23%), e outros 3% não opinaram ou preferiram não escolher nenhuma das alternativas apresentadas.
Na capital mineira, o apoio do governador Romeu Zema (Novo) a um candidato a prefeito levaria 50% dos eleitores a rejeitá-lo. Outros 16% com certeza votariam nesse nome, 30% talvez votariam e 4% preferiram não escolher.
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📍 Recife
No Recife, dois terços (64%) não votariam de jeito nenhum em um candidato apoiado por Bolsonaro (eram 67% em julho). 13% talvez votassem nesse candidato (mesmo índice anterior), 17% votariam com certeza nesse candidato (eram 16%) e 1% não opinou (mesmo índice anterior), entre outras respostas (5%).
No caso de um nome apoiado por Lula, 32% disseram que não votariam de jeito nenhum em um candidato aliado do petista (eram 38%), 23% talvez votassem (eram 30%), 36% votariam com certeza (eram 28%) e 2% não opinaram (eram 2%), entre outras respostas (7%).
Na capital pernambucana, entre os evangélicos, a adesão a uma candidatura apoiada por Bolsonaro fica acima da média: 27% votariam com certeza nesse candidato, 17% talvez votassem e 50% não votariam de jeito nenhum.
No caso de um nome aliado de Lula, 47% dos evangélicos não votariam de jeito nenhum nessa pessoa.
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