Laura Beatriz, 5 anos, ficou quase dois dias internada em estado gravíssimo após o acidente. Ela morreu na tarde desta sexta-feira (23). O motorista que atropelou a menina e a mãe fugiu do local do acidente. Ele pagou fiança e foi liberado. Laura Beatriz, de cinco anos, morreu nesta sexta-feira (23) em, Vitória, no Espírito Santo
Arquivo pessoal
Heidson Fantoni, pai da pequena Laura Beatriz, 5 anos, que morreu nesta sexta-feira (23) após ter sido atropelada por um carro enquanto atravessava uma faixa de pedestre no colo na mãe, em Vila Velha, contou como foram os últimos momentos ao lado da filha. Ela estava internada na UTI do Hospital Infantil de Vitória em estado gravíssimo.
O acidente aconteceu na noite de quarta-feira (21), quando a criança e a mãe, Mara Núbia, 36 anos, estavam saindo de um Pronto Atendimento. Elas foram atropeladas por Wenderson Fagundes, 20 anos. Ele fugiu do local, se apresentou na delegacia depois, pagou fiança e foi liberado. A polícia pediu a prisão preventiva dele.
Heidson Fantoni falou ao g1 que não quis deixar a filha sozinha, mesmo enquanto ela estava sedada no hospital.
“O coração dela foi parando e eu estava ao lado dela e não pude fazer nada, ela morreu nos meus braços”, contou Heidson.
Compartilhe no WhatsApp
Compartilhe no Telegram
A mãe chegou ao hospital poucos minutos após a morte, mas fez questão de entrar e ver a pequena. Laura, de 5 anos, morreu de politraumatismo. A menina não respondia aos estímulos após a retirada da sedação desde quinta-feira (22).
“Agora ela tá nos braços do Senhor. Fiquei sabendo agora que o pescoço dela estava quebrado atrás, quer dizer que se fosse para ela viver, viveria tetraplégica em cima de uma cadeira de rodas. Como eu ia dizer pra ela que ela não anda e mexe mais os braços? Acredito que Deus fez o melhor”, falou Heidson Fantoni.
Heidson Fantoni, pai de Laura Beatriz, 5 anos, que morreu após ter sido atropelada
Reprodução/TV Gazeta
A criança e a mãe, Mara Núbia Borges da Vitória, de 36 anos, foram atropeladas enquanto atravessam a faixa de pedestres na Glória, em Vila Velha, na noite de quarta-feira (21). No dia, Mara foi para o Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE), em Vitória. Laura estava internada no Hospital Infantil Milena Gottardi, na Capital.
Mara recebeu liberação novamente do centro médico e segue em casa. Porém, vai passar por três cirurgias, não movimenta o lado esquerdo e colocará pinos. Ela foi internada logo após o acidente, recebeu alta, chegou a ir ao hospital onde a filha estava, mas muito abalada, voltou a ser internada até a liberação desta sexta.
“E agora? É só eu e ela. Tenho a minha enteada que também tem autismo e sou o provedor da casa. Como que vou fazer pra cuidar da minha esposa?”, disse Heidson.
Laura Beatriz, de 5 anos, estava no colo da mãe, Mara Núbia Borges, quando foram atropeladas na faixa de pedestres em Vila Velha
Reprodução | Redes Sociais
O acidente aconteceu na noite de quarta (21). O motorista do Fox preto que atingiu as duas pagou R$ 1,5 mil de fiança no dia do acidente e foi liberado. Porém, nesta sexta-feira, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva de Wenderson Faugundes de Melo, de 20 anos, por homicídio qualificado e tentativa de homicídio qualificado, ambos com dolo eventual.
O motorista se manifestou após o ocorrido. Em vídeo, Wenderson Fagundes Melo de Oliveira, de 20 anos, disse que o acidente foi uma fatalidade. Testemunhas informaram que o semáforo estava fechado para veículos e o motorista fugiu do local.
O acidente foi registrado por câmeras de segurança na região (assista abaixo).
As duas estavam saindo do Pronto Atendimento da Glória e seguiam em direção ao veículo da família, onde Heidson Fantoni, pai de Laura e marido de Mara, as esperava. Ele estava estacionado do outro lado da via. Testemunhas contaram que o sinal estava fechado para veículos e liberado para pedestres.
Mãe e filha no colo são atropeladas na faixa de pedestre em Vila Velha
Na gravação, também é possível notar que a Mara Núbia fica sem reação ao ver o automóvel na direção delas. Quando o carro atinge as duas, elas são arremessadas a aproximadamente 20 metros da faixa de pedestres.
Pai disse que quer justiça e não vai sossegar
O pai de Laura disse que busca Justiça. Para Heidson, o motorista estar solto é um absurdo.
“Cheguei na delegacia e o cara demorou a chegar, foi com advogado. Agora só quero justiça. Vou correr atrás dos meus direitos, vou procurar um advogado e vou na Justiça, não vou sossegar enquanto não vê-lo preso porque ele se evadiu do local, ele não parou. E no boletim que ele fez lá, ele falou que parou, mas como aglomerou gente, ele pegou e fugiu, mas tem o vídeo, eu estava lá próximo”, desabafou o pai.
Vídeos: tudo sobre o Espírito Santo
Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo