16 de novembro de 2024

Santos registra aumento de 13% no preço da refeição e é 6ª cidade mais cara do Estado para almoçar fora

Valor médio da refeição na cidade é de R$52,52, ou seja, 13% maior em relação ao ano anterior, de acordo com levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Benefícios (ABBT). Santos é uma das cidades, entre as pesquisadas, com a refeição mais cara no Estado de São Paulo, de acordo com pesquisa da ABBT
Arquivo/Marcos Serra Lima/g1
Santos (SP) é a 6ª cidade, entre as pesquisadas, com a refeição mais cara no Estado de São Paulo, de acordo com levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Benefícios (ABBT). A pesquisa aponta que o preço médio da refeição completa na cidade é de R$ 52,52 e subiu 13% em relação ao ano anterior.
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De acordo com a ABBT, o estudo considera refeição completa aquela que é composta por um prato acompanhado de bebida não alcoólica, sobremesa e cafezinho. O valor médio em Santos ficou acima da média nacional da pesquisa, que foi de R$ 51,61 – 10,8% maior que em 2023.
Apesar de ficar acima da média nacional, o preço médio da refeição em Santos é menor do que o da capital paulista, onde a refeição completa custa em média R$ 59,67. O preço na cidade também ficou inferior à média no estado, que é de R$ 57,09 com alta de 11% .
Cidades com as refeições mais caras no Estado de SP
Pesquisa
Para calcular o preço médio, a pesquisa do ABBT considera os preços das quatro categorias mais comuns na alimentação fora de casa do Brasil, sempre de acordo com o prato principal, bebida, sobremesa e café.
A pesquisa apontou que o trabalhador com vale-refeição, uma das modalidades do Programa de Alimentação ao Trabalhador (PAT), consome 43% mais feijão, arroz, salada e 33% mais carne, quando se compara com aqueles que não possuem esse benefício.
O estudo foi realizado de março a maio de 2024, em 4.502 estabelecimentos comerciais, divididos nas cinco regiões, em 22 estados e no Distrito Federal. Ao todo, 51 cidades foram pesquisadas e 5.640 preços coletados. A pesquisa foi encomendada pela ABBT à empresa Mosaiclab.
Refeição
Arquivo/Fábio Tito/ g1
Impacto sobre os salários
De acordo com ABBT, os resultados também mostram o impacto do preço da alimentação fora do lar sobre o salário médio dos trabalhadores da região sudeste que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estava em R$ 3,6 mil no período da pesquisa.
Com base nos dados, para se alimentar por 22 dias por mês com o prato feito, o trabalhador precisaria de R$ 860, equivalente a 24% do salário estimado pelo IBGE no sudeste. Considerando o preço médio da refeição completa, o valor mensal aumenta para R$ 1.135,42, com impacto de 36,4% no salário médio.
O que causa o aumento?
Mudanças climáticas impactam no preço dos alimentos [imagem ilustrativa]
Freepik
De acordo com a ABBT, a inflação dos estabelecimentos é diferente da inflação geral de preços pesquisadas pelo IBGE. “Os estabelecimentos sofrem com custos de energia, diesel, gasolina, gás de cozinha, aluguéis e, principalmente, folha de pagamento. Mesmo assim, têm se esforçado para manter preços e absorvem custos para não repassar ao consumidor”.
Outros fatores também influenciam nos preços das refeições, de acordo com a ABBT. “As mudanças climáticas, responsáveis pelo excesso de chuva no Sul e a antecipação da seca no Centro-Oeste, estão fazendo com que os alimentos pressionaram a inflação neste ano. Houve excesso de chuva no Sul e a antecipação da seca no Centro-Oeste impactando a inflação”.
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