15 de novembro de 2024

Por que piscinas de plástico foram colocadas em prédio implodido, em São José dos Campos?

Prédio abandonado há 30 anos foi implodido na manhã deste domingo (25) na Avenida Tubarão, no Jardim Aquarius. Estrutura foi demolida com 75 kg de explosivos em ação que durou menos de 10 segundos. Prédio é implodido em São José dos Campos
TV Vanguarda/Reprodução
Um prédio abandonado de nove andares foi implodido na manhã deste domingo (25) no Jardim Aquarius, Zona Oeste de São José dos Campos (SP). As imagens da demolição em menos de 10 segundos impressionam e um detalhe desperta uma curiosidade: por que piscinas de plástico foram colocadas no topo do prédio?
Ao todo, 20 piscinas de plástico com água foram distribuídas na estrutura do prédio com um objetivo: amenizar a poeira gerada pela implosão. Além das piscinas, a chuva antes da operação também ajudou a reduzir a poeira, que naturalmente ocorre com a demolição de 10 toneladas de concreto e ferro.
✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp
Essa estratégia de usar piscinas com água em implosões, como a realizada em São José dos Campos, é comum. Além das piscinas, também foram colocadas telas na base do terreno para ‘segurar’ a cortina de poeira e também possíveis estilhaços dos escombros.
Assista ao momento da implosão em três ângulos diferentes:
Prédio abandonado é implodido em São José dos Campos
Implosão
Em menos de 10 segundos, 75 kg de explosivos distribuídos em 500 pontos de detonação colocaram abaixo a estrutura do prédio abandonado há 30 anos. Às 10h, a detonação dos explosivos foi acionada a partir de uma sala de controle e o prédio veio abaixo gerando uma cortina de poeira.
A construção implodida tinha nove pavimentos (oito andares e subsolo). Ali funcionaria um hotel, mas a construção foi paralisada depois da empresa responsável falir.
GIF – Prédio abandonado é implodido em São José dos Campos, no interior de São Paulo, no dia 25 de agosto de 2024
TV Vanguarda/Reprodução
O local vinha sendo alvo de reclamação de moradores por ser usado frequentemente por usuários de drogas, além de acumular sujeira. A área foi comprada por uma construtora e agora dará lugar a um condomínio residencial.
Antes, no entanto, terá que passar por limpeza para retirada das 10 toneladas dos escombros. O trabalho deve levar entre 30 e 45 dias.
Veja sequência de imagens da implosão:
Implosão de prédio abandonado em São José dos Campos
TV Vanguarda/Reprodução
Implosão de prédio abandonado em São José dos Campos
TV Vanguarda
Implosão de prédio abandonado em São José dos Campos
TV Vanguarda/Reprodução
Implosão de prédio abandonado em São José dos Campos
TV Vanguarda/Reprodução
Minutos depois da poeira baixar, a área ficou assim:
Implosão de prédio abandonado em São José dos Campos
TV Vanguarda/Reprodução
LEIA TAMBÉM:
CARANDIRU E PALACE II: Engenheiro responsável por implosão já atuou em casos de repercussão
EXPLOSIVOS E PISCINAS DE PLÁSTICO: Veja curiosidades da implosão em São José
Experiência
O principal responsável pela operação de implosão é o engenheiro de minas Manoel Jorge Diniz Dias. Conhecido como Manezinho da Implosão, ele já atuou em mais de 200 implosões no país.
Entre elas está a implosão de pavilhões do complexo penitenciário do Carandiru, em São Paulo, em 2002. Outro caso de destaque é o do Palace II, edifício do Rio de Janeiro, em 1998.
A implosão completa 50 anos no Brasil no ano que vem (a primeira foi a do edifício Mendes Caldeira, na Praça da Sé, em SP, em 1975) e é uma prática que tem sido cada vez mais usada porque, apesar da complexidade, evita meses de demolição manual, sujeira e poluição sonora.
Segundo a construtora Esdras, responsável pelo imóvel, a implosão foi adotada por esses motivos, com objetivo de “causar o menor impacto possível aos moradores, ao invés de meses de demolição manual que causariam sujeira e poluição sonora incessantes”.
Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região
A

Mais Notícias