15 de novembro de 2024

Marina Silva defende aumento de pena para grupos criminosos que coordenem incêndios pelo país

Bombeiros combatem incêndio em área de mata no Rio de Janeiro
Reprodução
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defende que a pena para incêndios coordenados provocados por grupos criminosos, em períodos de proibição de fogo manejado, seja aumentada.
Hoje, a legislação já pune com pena de detenção de dois a quatro anos quem provoca de forma criminosa incêndios, com base na legislação ambiental.
“Nós estamos num momento de grave crise climática, o Brasil é um país especialmente vulnerável para esses eventos climáticos, por isso, as pessoas precisam se conscientizar da responsabilidade de cada. E aquelas que atuam com grupos criminosos para provocar incêndios, em períodos em que há proibição, devem ter a pena elevada”, disse Marina ao blog.
A ministra reafirmou que as investigações da Polícia Federal estão em curso e que os incêndios do fim de semana em São Paulo foram totalmente atípicos.
“Você não tem registro, em São Paulo, nesta época do ano, de incêndios em várias cidades. Tudo leva a crer que foi algo coordenado, com suspeita de ação criminosa, mas isso é a PF que vai investigar”, afirmou.
O presidente Lula, segundo ela, deve convidar governadores para uma reunião ainda nesta semana para discutir ações conjuntas para combater incêndios no país, sejam criminosos ou não.
“Esse é o novo normal, infelizmente, e temos de agir coordenadamente para reduzir os danos. Temos os incêndios acidentais, mas não parece que foi isso que aconteceu em São Paulo e no Pantanal nos últimos dias”, afirmou a ministra.
PF abre inquéritos para investigar queimadas
PF investiga ocorrências
A PF já tem mais de 30 inquéritos abertos para investigar incêndios criminosos no país.
Neste final de semana, o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas, divulgou que três pessoas foram presas suspeitas de provocarem incêndios de forma criminosa.
Segundo investigadores da PF, há indicativos de que os incêndios foram criminosos, mas é preciso esperar o final das investigações.
‘A gente precisa declarar guerra às queimadas’, diz André Trigueiro

Mais Notícias