15 de novembro de 2024

Queimadas deixaram mais de 26 mil clientes sem luz, no Leste de Minas, de janeiro a julho de 2024

Números também são alarmantes no estado, só em julho deste ano, 159.505 unidades consumidoras tiveram o serviço interrompido pelas queimadas. Fogo atinge vegetação
Cemig
Mais de 26 mil consumidores, ficaram sem energia elétrica na região Leste de Minas, por conta de queimadas que atingiram a rede de janeiro a julho deste ano. Foram 39 ocorrências.
Os dados repassados pela Cemig mostram que, em relação ao primeiro semestre do ano passado, houve um acréscimo de quase 13 mil unidades consumidoras interrompidas por incêndios.
Com mais de 120 dias sem chuvas em boa parte de Minas Gerais, as queimadas estão se intensificando e prejudicando o fornecimento de energia elétrica no estado, além de causar danos à flora e fauna.
De acordo com levantamento da Cemig, apenas em julho, no estado, 159.505 unidades consumidoras tiveram o serviço interrompido pelas queimadas.
Esse número é mais que o triplo do registrado em Minas nos seis primeiros meses deste ano, quando os incêndios provocaram falta de energia para pouco mais de 45 mil consumidores.
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O Corpo de Bombeiros informou que, de janeiro a agosto deste ano, foram registrados mais de 16 mil focos de incêndios em Minas Gerais.
“As chamas danificam equipamentos – como postes, cabos e torres – e tornam o restabelecimento do serviço mais demorado, o que pode trazer transtornos para os clientes das distribuidoras. Além disso, o alto volume de fumaça pode trazer sérios danos à saúde, principalmente nesta época do ano em que doenças respiratórias são mais comuns. As pessoas precisam se conscientizar dos impactos causados por suas ações, pensar de forma coletiva e evitar dar início a focos de incêndio que podem tomar grandes proporções e causar muitos estragos”, explicou o engenheiro de sustentabilidade da Cemig, Demetrio Aguiar.
O engenheiro explicou ainda que as queimadas geralmente são feitas em locais de difícil acesso, o que complica o trabalho das equipes de manutenção da companhia, dificultando o restabelecimento do serviço à população.
“Um dos maiores desafios para as equipes de campo é chegar ao local da ocorrência para fazer o reparo. Normalmente, são locais de difícil acesso e em áreas rurais muito amplas. Além disso, levar estruturas pesadas, como torres e postes, em áreas acidentadas, torna ainda mais complexa a manutenção das redes danificadas pelas queimadas”, disse Aguiar.
Queimada é crime
Além de deixar hospitais, comércios e escolas sem energia, realizar queimadas pode ser considerado crime e dar cadeia. De acordo com o art. 41 da Lei 9.605/98, provocar incêndio em mata ou floresta é tipificado como crime ambiental, que pode resultar em pena de reclusão de dois a quatro anos, além de multa. Além disso, é proibido o uso de fogo em áreas de reservas ecológicas, preservação permanente e parques florestais.
Sabendo da importância de unir esforços para combater as queimadas em todo o estado, a Cemig e o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais estão juntos em uma campanha para conscientizar a população sobre o tema.
Em caso de incêndios, a Cemig (116) e o Corpo de Bombeiros (193) devem ser avisados o mais rápido possível.
Vídeos do Leste e Nordeste de Gerais
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