Heitor Freitas, de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, entrou em uma área de reserva ambiental para pegar a cadela da família, Pitica, que fugiu de casa. Aventura divertiu usuários do X, o antigo Twitter. heitor freitas uberlandia pitica mansões aeroporto
Redes sociais/Reprodução
O estudante de Uberlândia Heitor Freitas, de 24 anos, não esperava que ao embarcar em viagem para Belo Horizonte deixando a cachorra da família aos cuidados da avó, viveria uma aventura quando retornasse ao Triângulo Mineiro.
Aventura que envolveu busca em área de preservação, ligações para o Corpo de Bombeiros, choro dos pais, posts viralizados nas redes sociais e um final feliz, após ter que “se jogar” em uma área preservada no Bairro Mansões Aeroporto para socorrer o pet da família.
“Os bombeiros falaram que não resgatam animal, então eu me joguei para eles terem que me resgatar”, contou Heitor, na postagem bem-humorada no X, o antigo Twitter, que recebeu mais de 60 mil likes.
Em nota, o Corpo de Bombeiros alertou para em casos de animais domésticos em local de difícil acesso, os tutores devem realizar contato 193. Veja a íntegra abaixo.
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Viagem e fuga
Heitor foi para a capital mineira com os pais para um compromisso familiar, mas voltou com uma bagagem a mais para Uberlândia: a preocupação ao saber que Pitica, a pinscher de um ano da família, fugiu da casa de parentes no Bairro Mansões Aeroporto e não foi encontrada.
“Me disseram que na hora que ela fugiu todo mundo saiu correndo, mas ninguém encontrou ela. Dai os vizinhos até disseram ‘ah, se ela foi pra área de preservação, não adianta, cobra já pegou ela'”, disse ele.
De acordo com Heitor, a avó e tios ainda tentaram procurar Pitica pelo bairro, mas não a encontraram. Sem sucesso, ligaram para os tutores dela em Belo Horizonte.
Distância entre o local em que Pitica sumiu e local onde foi encontrada, segundo a família
Google/Reprodução
“Contaram para gente e foi aquele desespero. No domingo, a gente nem contou para minha mãe, porque ela é muito apegada e estando longe não ia dar para fazer nada mesmo”, afirmou.
A família chegou de viagem no dia seguinte e, antes mesmo de explicar a situação para a mãe, dona Meire, Heitor saiu com a avó em busca de Pitica novamente.
“Comecei a procurar ela lá pelas 7 da manhã, de onde eles tinham parado de olhar. Eu comecei a gritar ela e escutei um latido bem de longe”, contou.
Ele acredita que por não reconhecer as vozes dos familiares, Pitica não respondeu aos chamados.
Barranco
“Quando comecei a ouvir ela, eu liguei para os bombeiros. Eles falaram que não resgatam animais, pelo que eu entendi, eles resgatavam só se tivesse um contato visual”, disse Heitor.
Diante da negativa dos militares, Heitor tentou se aproximar da área em que Pitica estava, para ver se tinha algum lugar onde conseguisse descer o barranco para resgatar a cachorrinha em segurança.
“Como eu não achei nenhum lugar para descer e eu estava escutando o chorinho dela, muito triste e sentido, desci de uma vez, escorregando o barranco”, relatou.
Já na área de preservação, Heitor e Pitica se reencontraram. No entanto, ao tentar retornar para o local onde a avó ainda o aguardava, não conseguia subir.
“Eu não tinha muito apoio para subir, ainda mais segurando a Pitica. Ela estava se mexendo muito. Aí minha avó chamou os bombeiros de novo e eles vieram”, afirmou.
O resgate
Heitor conta que o resgate não demorou mais que dez minutos e que, enquanto esperava, tirou fotos com Pitica para mostrar aos pais.
“Eles levaram um balde com uma corda, daí coloquei ela primeiro e depois que conseguiram subir ela, me subiram”.
Ainda segundo Heitor, apesar de alguns ferimentos, ele não precisou de atendimento médico. Pitica também não teve que ir ao veterinário, uma vez que aparentou estar feliz e brincou ao voltar para casa.
Heitor comemorou ao ver o Corpo de Bombeiros chegando
Redes sociais/Reprodução
Chegada em casa
Segundo Heitor, a volta para casa foi a parte mais emocionante de toda a “aventura”.
“Eu cheguei meio chorando em casa e meu pai começou a chorar também quando viu a Pitica, porque só eu e ele sabíamos. Então, a minha mãe ficou assustada, perguntando o que estava acontecendo”, finalizou.
O que diz a corporação
O g1 entrou em contato com o Corpo de Bombeiros para entender o procedimento de resgate à animais. Segundo nota enviada pela assessoria de comunicação de Belo Horizonte, basta ligar 193 para solicitar o resgate. Leia abaixo, na íntegra.
“Segundo consta no REDS, a guarnição foi acionada e deslocou para atendimento a ocorrência de salvamento de uma pessoa e seu cão que estavam em um barranco na rua Reinaldo Alves da Rocha, Portal do Vale – Uberlândia. Foram utilizadas técnicas de salvamento terrestre sendo possível realizar a retirada do animal e seu tutor, ambos em segurança.
A corporação alerta para em casos de animais domésticos em local de difícil acesso, os tutores devem realizar contato 193 para que uma equipe possa ir até o local e resgatar o animal em segurança.”
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