Caio de Medeiros Porto, de 32 anos, é considerado foragido da Justiça suspeito de assassinar o casal de agricultores Flávia Guilarducci, de 50 anos, e Jânio Bonfim de Souza, de 57, no Cantá. Suspeito Caio de Medeiros Porto é investigado por ter participação direta no crime
Arquivo pessoal
O Ministério Público de Roraima (MPRR) pediu a Justiça a inclusão do empresário e técnico em agricultura, Caio de Medeiros Porto, de 32 anos, na lista vermelha de procurados da Interpol. Ele é suspeito de assassinar o casal de agricultores Flávia Guilarducci, de 50 anos, e Jânio Bonfim de Souza, de 57, no interior de Roraima.
O pedido foi feito pelos promotores de Justiça e membros do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Joaquim Eduardo dos Santos e André Felipe Bagatin, na última sexta-feira (23). Ainda não há uma decisão sobre o requerimento.
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Apontado como autor dos disparos que matou o casal, Caio Porto está foragido desde o dia do crime, 23 de abril. O crime aconteceu na propriedade do casal, localizada na vicinal Surrão, no Cantá, Norte de Roraima.
A suspeita da Gaeco é de que como Roraima faz fronteira com a Venezuela e a Guiana, o empresário tenha fugido para um dos países em um avião.
O g1 procurou a defesa do empresário, e aguarda o retorno.
Se entrar na “difusão vermelha” da Interpol, ferramenta de cooperação policial internacional que ajuda a localizar pessoas procuradas pela Justiça para fins de extradição, todas as fronteiras terrestres, portos, aeroportos, hotéis e locais públicos que exigem documento terão acesso aos dados que mostrarão que Caio de Medeiros Porto é foragido da Justiça brasileira.
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O empresário teve prisão preventiva decretada em julho de 2024. À época, a Justiça também decretou a prisão de outros dois suspeitos: o capitão da Polícia Militar, Helton John Silva de Souza, de 48 anos, e Deivys Jesus Vegas. Na última sexta-feira, o MP também pediu a revogação da prisão de Deivys.
No documento, os promotores ainda pediram a manutenção do mandado de prisão de Caio e da prisão do capitão Helton Johm, que é amigo do empresário, “para o resguardo da ordem pública e garantia de instrução criminal, ante a periculosidade e influência política dos agentes”.
Morte do casal em Surrão
Flávia Guilarducci e Jânio Bonfim foram baleados após ter a casa onde viviam invadida por quatro homens, em Roraima.
Arquivo pessoal
O crime contra o casal aconteceu em uma terça-feira, no dia 23 de abril, na vicinal do Surrão, na propriedade do casal. Jânio Bonfim morreu no dia do ataque. Já a esposa, Flávia, ficou internada em estado grave, mas não resistiu e morreu no Hospital Geral de Roraima (HGR).
A disputa por terras, conforme investigação da Polícia Civil, ocorreu porque Caio passou a exigir que Jânio parasse a construção de uma cerca alegando que a obra estava entrando na terra dele. A obra era feita nos fundos da propriedade de Jânio, localizada na Gleba Tacutu, município de Cantá.
Antes de ser baleada, Flávia gravou as vozes dos suspeitos quando eles chegaram na propriedade e capturou toda a discussão e o ataque a ela e o marido. Foi por meio dessa gravação que a Polícia Civil conseguiu identificar os autores do crime, incluindo o empresário Caio e o capitão Helton.
O duplo homicídio foi investigado pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Geral de Homicidios (DGH), que indiciou Caio, o capitão da PM e
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