Presidente do Grupo Integração esteve no sofá do MG1 na estreia do novo estúdio e deu entrevista a Orlei Moreira, jornalista que trabalhou durante 24 anos na emissora. Jornalista Orlei Moreira fez entrevista histórica com o presidente da TV Integração, Tubal de Siqueira Silva
TV Integração/Reprodução
Para se manter atualizado é preciso estar sempre a frente e de olho no futuro. E é assim que a TV Integração se mantém firme, liderando a audiência há 60 anos.
Lá atrás, a TV era o futuro e a então TV Triângulo sempre inovou ao valorizar a mineiridade e ao se filiar à Globo. Os anos passaram, tecnologias avançaram e a, agora, a emissora se prepara para dar mais um passo em direção ao futuro e se prepara para a TV 3.0.
Só que mesmo pensando no futuro, é importante sempre olhar para o passado e enaltecer a história construída. E no MG1 desta terça-feira (27), o futuro e a história estiveram representados na televisão de milhões de telespectadores do Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas Gerais.
O futuro representado pelo moderno estúdio inaugurado pela TV Integração, e a história representada por duas pessoas que a construíram, uma entrevistando a outra.
Orlei Moreira, o jornalista que, durante muitos anos, foi a voz do jornalismo da emissora, entrevistando aquele que é muito mais do que presidente do Grupo Integração, mas responsável pelo sonho de se fazer televisão no interior do Brasil, Tubal de Siqueira Silva.
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Entrevista
A TV Integração se desenvolveu a partir do olhar para futuro do presidente Tubal de Siqueira Silva. E segundo ele, o novo estúdio representa exatamente essa visão que sempre guiou a empresa.
“Fiquei surpreso com a primeira apresentação ontem, porque uma coisa é ver o estúdio pronto e outra é vê-lo durante a apresentação, com os recursos técnicos que temos hoje. É um prenúncio do que virá em breve. Nós estamos nos preparando, inclusive, para novos lançamentos. Se temos 60 anos, espero que tenhamos mais 60”, disse Tubal.
O destemor do dono da TV Integração o fez bater na porta da TV Globo no início da década de 1970. Embora não seja adepto da palavra ousadia, Tubal foi sim ousado.
“Essa palavra ousadia exige. Seria um verdadeiro atrevimento, se bem que realmente foi, porque na época, eu nunca tinha entrado em uma emissora de TV, não sabia nem como funcionava, mas sempre fui um apaixonado pelo jornalismo”.
“Estudando no Rio de Janeiro eu tive contato com esse jornalismo, principalmente ficava sabendo das notícias do mundo. E através desse jornalismo de TV, que tinha vantagem em relação ao impresso, pois a TV mostrava o fato, mostrava o que estava acontecendo”, afirmou.
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Entrevista com Tubal de Siqueira Silva fez parte da inauguração do novo estúdio e das comemorações dos 60 anos da TV Integração.
TV Integração/Reprodução
A coragem de fazer diferente
Empreender não é uma tarefa fácil. E para investir em uma área pouco conhecida e ainda pouco avançada tecnologicamente é preciso ter coragem.
E coragem é o que nunca faltou para Tubal de Siqueira Silva, que há mais de 50 anos comprou a então TV Triângulo a sempre olhando para o futuro, fez a TV Integração chegar aos 60 anos de história de olho na TV 3.0.
Quando ele nasceu, a vida era muito diferente. Ainda mais para quem não vivia em uma capital. As notícias demoravam dias, semanas e até meses para chegarem no interior do Brasil.
E no início da década de 1970, cerca de seis anos após a TV Triângulo surgir, Tubal de Siqueira Silva ousou ao investir no futuro.
“Sou filho de Tubal Vilela da Silva e Emília de Siqueira Silva. Meu pai mexeu no ramo imobiliário na cidade de Uberlândia. Eu nunca tinha entrado na televisão, como é que eu ia mexer com isso? Ele falou, bom, eu também não conheço, mas quem tem uma concessão aqui em Uberlândia, que é o Edson Garcia Nunes, está desejoso de vender”, disse o presidente da TV Integração.
Naquele tempo, as produções eram todas locais e ao vivo, mas ele foi crescendo e acompanhando as mudanças do mundo. Ainda no início da década de 70, algumas emissoras que disponibilizavam programas que eram exibidos em Uberlândia e região estavam em crise.
A emissora necessitava de uma alternativa. E mais uma vez, a ousadia dele mudaria os rumos da televisão no interior do país.
“Eu gostaria de comprar o direito de exibir o Jornal Nacional. Ele olhou e falou assim: ‘espera aí, você é meio maluco, não é não?’ Ele chamou o Walter [Clark], que era o diretor-geral e falou, ‘Walter, o Tubal, esse mineiro está aqui querendo comprar o Jornal Nacional. O Walter disse ‘não existe esse negócio de comprar o Jornal Nacional, mas nós vamos estudar aqui o que nós vamos te arrumar. Você vai para Uberlândia, depois você volta’. Uma semana depois eu estava lá. Aí eu fiquei conhecendo o José Bonifácio de Oliveira [Boni], que falou: ‘nós vamos vender três programas, o Jornal Nacional, o Chacrinha, de quarta, e o Planeta dos Homens, com Jô Soares’. Eu fiquei numa felicidade extrema”, contou Tubal.
Cid Moreira apresentava o Jornal Nacional da TV Globo
Arquivo/ TV Integração
Ali nascia a relação pioneira com a TV Globo, fazendo de Uberlândia a sede da primeira afiliada da emissora carioca. E relação de confiança foi instantânea.
“Cheguei com o cheque de 120.000 e entreguei para o Walter Clark. Ele pegou o cheque, olhou e chamou o superintendente comercial e falou: O Tubal está aqui com esse cheque, o que nós vamos fazer com esse cheque?’ E só me responderam: ‘você não vai precisar pagar. Esses 2 meses, nós vamos fazer o seguinte, nós vamos fazer uma experiência. Você vai começar a receber as novelas das 20h30, depois do jornal, mais esses dois programas e o jornal’. Aquilo ali para mim eu fui ao céu, foi uma Alegria que eu vou te contar. E então foi dado início a essa afiliação e eles começaram a me entregar”.
E assim, a população mineira entendeu a diferença entre viver em um lugar e fazer parte do país. E assim, com coragem, Tubal de Siqueira Silva, que sempre foi fascinado pelo mundo, trouxe o mundo para onde nasceu.
Quando eu iniciei nesse negócio, que surgia com uma grande novidade no Brasil e se despontava ainda no horizonte, eu apaixonei pelo negócio. Eu apaixonei pelo dia a dia. Eu entrei num negócio que era 24 horas por dia. Eu chegava no domingo, sábado, eu estava exausto, mas começava a segunda e eu estava apaixonado, estava lá. Cada dia era uma novidade, desafios que eram enfrentados e cumpridos”, finalizou.
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