14 de novembro de 2024

Rússia alerta EUA de que Terceira Guerra Mundial não afetaria apenas a Europa: ‘brincando com fogo’

Chanceler russo afirmou que Ocidente está buscando uma escalada na guerra da Ucrânia. Zelensky quer autorização de aliados para usar armas estrangeiras contra a Rússia. Sergei Lavrov, ministro de Relações Exteriores da Rússia, durante entrevista coletiva em Moscou
Sergei Karpukhin/Reuters
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse nesta terça-feira (27) que o Ocidente está “brincando com fogo” ao buscar uma escalada na guerra da Ucrânia. Em um recado aos Estados Unidos, o chanceler afirmou que uma Terceira Guerra Mundial não afetaria somente a Europa.
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Lavrov estava se referindo ao pedido do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para o uso de armas de aliados estrangeiros contra o território russo.
Segundo o ministro, o Ocidente está “pedindo por confusão” ao considerar os pedidos de Zelensky.
“Os americanos associam inequivocamente as conversas sobre a Terceira Guerra Mundial como algo que, Deus nos livre, se acontecer, afetará exclusivamente a Europa”, disse.
Lavrov afirmou ainda que a Rússia está “esclarecendo” a própria doutrina nuclear. Desde 2020, o governo russo afirma que pode usar armas nucleares em casos em que a existência do país esteja sob ameaça.
Invasão na Rússia
Ucrânia mostra destruição de ponte e outros ataques durante avanço em Kursk, na Rússia
Atualmente, a Ucrânia está conduzindo ataques à região russa de Kursk. Segundo Kiev, o objetivo é criar uma zona de proteção para evitar ataques da Rússia por meio da fronteira.
A Ucrânia afirmou que tomou o controle de mais de 80 vilarejos na área, em uma região de cerca de 1.150 km². A operação começou no dia 6 de agosto e é considerada a maior invasão em território russo desde a Segunda Guerra Mundial.
Nos últimos dias, Zelensky tem afirmado ser “essencial” que os aliados autorizem o uso de armas contra a Rússia. A Ucrânia tem permissão de parceiros para usar as armas estrangeiras apenas para a defesa do território ucraniano.
“Por enquanto, não podemos usar todas as armas à nossa disposição e eliminar os terroristas russos onde eles estão. Bases militares russas, campos de aviação, logística e outras instalações militares são alvos legítimos para nossas forças de defesa”, afirmou.
Para o presidente ucraniano, a operação em Kursk comprova de que as ameaças de retaliação da Rússia são apenas blefes.
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