20 de setembro de 2024

Ex-deputado federal é condenado à prisão e ao pagamento de R$ 1,7 milhão a vítima por acidente grave em SC

João Pizzolatti foi condenado a penas que, juntas, passam de cinco anos. Ele se envolveu em uma batida de carro em 2017, após ingestão de bebida alcoólica, e um dos motoristas passou por 15 cirurgias. Pizzolatti na chegada ao julgamento em Blumenau (SC)
Felipe Sales/ NSC TV
O ex-deputado federal João Pizzolatti foi condenado a penas que totalizam cinco anos e um mês de prisão, em regime inicial semiaberto, após passar por júri popular nesta quarta-feira (28), informou o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). O político se envolveu em uma grave batida de carro em 2017, após ingestão de bebida alcoólica (veja mais abaixo).
Segundo o órgão, ele também perdeu o direito de dirigir por 2 meses e terá que pagar reparação de danos a uma das vítimas em aproximadamente R$ 1,7 milhão. Um dos motoristas ficou em estado grave e passou por 15 cirurgias.
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A sentença foi lida por volta das 19h30. Segundo o TJSC, o réu foi condenado a:
4 anos e oito meses de reclusão, em regime inicial semiaberto, por tentativa de homicídio e tentativa de homicídio qualificado por perigo comum;
6 meses de detenção, em regime semiaberto, por embriaguez ao volante.
A colisão aconteceu na SC-421 em Blumenau. Conforme o MPSC, depois de ingerir álcool, o ex-deputado conduziu o veículo dele e percorreu a rodovia em zigue-zague e alta velocidade até invadir a contramão e atingir os carros com as vítimas.
Com o impacto, o carro onde uma das vítimas estava capotou e pegou fogo. Preso às ferragens, o motorista foi salvo com ferimentos graves e queimaduras de 1º e 3º graus na barriga, mão e pernas.
Carro da vítima ficou destruído
Patrick Rodrigues/NSC, Arquivo
Julgamento
Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o político foi denunciado por duas tentativas de homicídio. Ele também respondeu por embriaguez ao volante.
O ex-deputado prestou depoimento no fim da manhã.
Ao g1, o advogado Miro de Sousa, que fez parte da banca de defesa do réu, analisou o resultado como positivo. “Fica também o sentimento de dever cumprido em relação à justiça”.
“Eu acho que é um capítulo importante tanto na vida dele quanto da vítima para um aperfeiçoamento quântico que todos nós devemos nos submeter permanentemente, ou seja, nos submetermos à correção dos erros que praticamos”.
Prisão em 2019
Pizzolatti já havia tido prisão decretada por descumprimento de medida cautelar ao ser flagrado dirigindo mesmo com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa em 2019.
O documento havia sido suspenso em junho de 2018. Na época, ele já respondia a processo judicial relacionado ao acidente de trânsito de dezembro de 2017, em que ele admitiu estar embriagado.
Cinco meses depois, foi solto por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Medidas cautelares foram determinadas, como apresentação à Justiça a cada dois meses, proibição de mudança de domicílio sem prévia autorização judicial e internação em clínica de tratamento psiquiátrico e alcoólico.
João Pizzolatti foi preso em clínica de reabilitação em São José, SC, em 2019
Paulo Mueller/NSC TV
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