20 de setembro de 2024

Pesquisa aponta Kamala Harris com 45% das intenções de voto, ante 41% de Trump, e indica aumento de vantagem entre mulheres e latinos

Pesquisa da Reuters e Instituto Ipsos mostrou também que candidata demorata ampliou vantagem para republicano na comparação com último levantamento, em julho. Margem de erro é de dois pontos percentuais Montagem de fotos com Trump e Kamala
Umit Bektas e Elizabeth Frantz/Reuters
Um pesquisa da agência de notícias Reuters e do Instituto Ipsos divulgada nesta quinta-feira (29) aponta que a candidata democrata à presidência dos EUA, Kamala Harris, lidera as intenções de voto e aumentou a diferença com Donald Trump no eleitorado feminino e latino-americano.
Segundo a pesquisa, Harris tem 45% das intenções de voto, e Trump, candidato republicano, 41%. Foram ouvidos apenas eleitores registrados — ou seja, os que se cadastraram em seus estados para o voto, que não é obrigatório no país.
A vantagem da democrata sobre o republicano aumentou: Harris teve quatro pontos percentuais a mais, entre os eleitores registrados, que Trump. No fim de julho, ela tinha um ponto percentual a mais, segundo levantamento da Reuters/Ipsos na ocasião.
A nova pesquisa, que foi conduzida nos oito dias até quarta-feira (28), teve uma margem de erro de dois pontos percentuais.
O levantamento mostrou também Harris com mais apoio entre mulheres e latino-americanos.
Entre os latino-americanos, também chamados de hispânicos nos EUA, Harris liderou Trump por 49% a 36% – ou 13 pontos percentuais.
Nas quatro pesquisas da Reuters/Ipsos conduzidas em julho, ela também teve uma vantagem de nove pontos entre as mulheres e uma vantagem de 6 pontos entre os hispânicos.
Já Trump liderou entre eleitores brancos e homens, ambos por margens semelhantes às de julho, embora sua liderança entre eleitores sem diploma universitário tenha diminuído para 7 pontos na última pesquisa, abaixo dos 14 pontos em julho.
Os desafios e a estratégia de Kamala Harris na corrida à Casa Branca
As descobertas ilustram como a corrida presidencial dos EUA foi abalada durante o verão. O presidente Joe Biden, 81, encerrou sua campanha em 21 de julho após um desempenho desastroso no debate contra Trump, o que gerou apelos generalizados de seus colegas democratas para abandonar sua candidatura à reeleição.
Desde então, Harris ganhou terreno contra Trump em pesquisas nacionais e em estados decisivos. Embora pesquisas nacionais, incluindo Reuters/Ipsos, dêem sinais importantes sobre as opiniões do eleitorado, os resultados estado por estado do Colégio Eleitoral determinam o vencedor, com um punhado de estados de batalha provavelmente decisivos.
Nos sete estados onde a eleição de 2020 foi mais acirrada — Wisconsin, Pensilvânia, Geórgia, Arizona, Carolina do Norte, Michigan e Nevada — Trump teve uma vantagem de 45% a 43% sobre Harris entre os eleitores registrados na pesquisa.
“É óbvio que concorrer contra Harris é mais desafiador para Trump, dada a mudança nesses números, mas certamente não é intransponível”, disse Matt Wolking, um estrategista de campanha republicano que trabalhou na campanha de Trump em 2020.
Ele disse que Trump precisa permanecer o mais focado possível em sua campanha “para não assustar” os eleitores que estavam se inclinando para ele porque não gostavam de Biden.
Desde que aceitou formalmente a nomeação democrata na semana passada, Harris embarcou em uma turnê por estados indecisos, incluindo a Geórgia, onde Biden estava perdendo apoio antes de encerrar sua campanha.

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