20 de setembro de 2024

Empresário que confessou ter enterrado corpo contou que conheceu adolescente em app de relacionamento, diz polícia

Corpo da Giovana Pereira Caetano de Almeida, de 16 anos, foi encontrado enterrado em um sítio em Nova Granada (SP). Empresário e caseiro do local chegaram a ser presos por suspeita de participação no crime, mas pagaram fiança e foram soltos. Giovana Pereira Caetano de Almeida, de 16 anos, foi encontrada morta enterrada em propriedade rural em Nova Granada (SP)
Reprodução/Redes sociais
O empresário Gleison Luís Menegildo, que confessou ter enterrado o corpo da adolescente Giovana Pereira Caetano de Almeida no sítio dele, em Nova Granada (SP), disse à polícia que conheceu a vítima por um aplicativo de relacionamento. A adolescente desapareceu em dezembro de 2023, quando tinha 16 anos. O corpo dela foi encontrado na manhã de quarta-feira (28).
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Além do empresário, o caseiro Cleber Danilo Partezani também foi preso após confessar que abriu a vala para enterrar o corpo da vítima. No entanto, ambos foram liberados mediante pagamento de fiança de R$ 22 mil.
Em entrevista à TV TEM, o investigador Ericson Salles explicou que, em depoimento, Gleison disse que havia tido pouco contato com a vítima e relatou que tudo começou por meio de um aplicativo de relacionamento, há mais de um ano.
“O empresário informou que, há 15 meses, ele conheceu a garota em um aplicativo de relacionamento e teria saído com ela naquela época. Cerca de sete meses depois, no fim do ano, a jovem teria pedido um emprego para ele. Por isso, ele falou: ‘traga seu currículo aqui que nós vamos analisar’. E foi aí que teve um novo encontro com ela, na empresa dele, em São José do Rio Preto”, explica o investigador.
Ainda de acordo com o relato do empresário à polícia, após a entrevista de estágio, a adolescente começou a fazer uso de droga. Pouco tempo depois, ele saiu para comprar bebida e, quando retornou, foi surpreendido por outra situação.
“Ele disse que ela chegou, eles conversaram e, em um dado momento, ela usou um cigarro de maconha. Após isso, ele teria saído para buscar uma cerveja e, quando retornou, viu um funcionário em beijos e abraços com ela. Em um dado momento, esse funcionário disse que viu ela passando mal após usar cocaína que estaria na mesa, em um recipiente de remédio. Após isso, ele [empresário] disse que tentou fazer os primeiros socorros e, como estava em desespero, ele acabou colocando ela na caminhonete e vindo para os outros locais”, continua o investigador.
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Gleison e Cleber foram presos em flagrante logo após o corpo ser encontrado e, segundo a Polícia Civil, eles confessaram que o haviam enterrado. Como a pena é inferior a quatro anos, foi definida uma fiança para que os dois fossem soltos. A do empresário foi de R$ 15 mil e a do caseiro de R$ 7 mil.
‘Ato de desespero’
O empresário também disse à polícia que enterrou a vítima em um ato de desespero. Inicialmente, ele pensou em jogar o corpo em um rio, mas, depois, mudou de ideia.
“O empresário disse que, em um primeiro momento, em um ato de desespero, ele teria colocado o corpo dela na caminhonete e ido até o distrito de Macaúba, em Mirassolândia (SP). Ele ia colocar o corpo em um rio que existe na região, mas resolveu depois vir até Nova Granada, na propriedade rural dele, que é arrendada há dois anos. Pediu para o caseiro providenciar uma vala, pois ele teria algo para enterrar. Foi onde depositou o corpo lá e o caseiro fechou com a terra, e por lá permaneceu o corpo”, finalizou o investigador.
Encontro do corpo
Propriedade rural em Nova Granada (SP) onde a vítima foi encontrada morta
Arquivo pessoal
De acordo com a Polícia Militar, uma denúncia informou que um corpo havia sido enterrado em uma propriedade rural. Os policiais foram até o local e abordaram o caseiro, que confirmou a informação sobre o corpo e levou os policiais até o ponto onde ele foi deixado.
Ao encontrar a ossada, os policiais foram atrás do dono da propriedade, que é empresário em São José do Rio Preto (SP).
Gleison Luís Menegildo foi encontrado na empresa e, ao ser questionado e informado sobre o corpo, negou envolvimento inicialmente. Em seguida, no entanto, confessou que levou o corpo até o sítio em 21 de dezembro de 2023 com a ajuda do caseiro Cleber Danilo Partezani.
Em depoimento à polícia, Cleber alegou que abriu a vala a mando do empresário e disse não saber que o local seria usado para enterrar o corpo da vítima.
A mãe da adolescente disse à TV TEM, que havia pedido para a filha se afastar do suspeito. A família pede justiça.
Armas apreendidas com suspeitos
O empresário informou não saber a identificação da vítima inicialmente. No entanto, com a ajuda dos funcionários, ele encontrou um documento semelhante a um currículo que continha os dados da adolescente.
Duas armas foram apreendidas junto com os suspeitos. O dono da empresa e o caseiro foram presos em flagrante por ocultação de cadáver e posse ilegal de arma de fogo.
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