Três pessoas foram presas por participação no esquema na rede pública de saúde de Fortaleza; um quarto suspeito, que é candidato a vereador, está foragido. Candidato está foragido suspeito de cobrar marcação de serviços de saúde; três são presos
Adnan Abidi/Reuters
Os quatro suspeitos de operar um sistema de cobranças para marcar consultas e exames na rede municipal de saúde de Fortaleza chegaram a ameaçar de morte outros funcionários que descobriram o esquema, de acordo com informações da Polícia Civil.
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A polícia prendeu um conselheiro tutelar, uma servidora da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e um terceirizado nesta quinta-feira (29) por suspeita de participação no esquema. Um candidato a vereador, que não teve a identidade divulgada pela polícia, está foragido e também é suspeito de envolvimento no caos.
Conforme a Polícia Civil, os três presos e o candidato a vereador são suspeitos usar perfis falsos para operar o esquema de agendar procedimentos cirúrgicos, consultas, exames e outros procedimentos clínicos em troca de dinheiro.
Durante a investigação, os policiais civis descobriram que profissionais do setor de Tecnologia da Informação (TI) descobriram o esquema criminoso, e por isso passaram a ser ameaçados de morte pelos suspeitos.
Polícia prende grupo que agendava serviços de saúde em perfis falsos
O conselheiro tutelar, de 41 anos, foi capturado no Bairro Parquelândia; a servidora municipal, de 52 anos, foi presa no Bairro João XXIII e o terceirizado, de 55 anos, foi localizado no Montese. Já o candidato a vereador, de 40 anos, está foragido.
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Além das prisões, a operação da Polícia Civil cumpriu nove mandados de busca e apreensão contra os investigados. Na ação, foram apreendidos aparelhos celulares e documentos.
Os suspeitos foram autuados pelos crimes de organização criminosa, peculato digital (inserção de dados falsos) e corrupção ativa e passiva.
O que diz a secretaria
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que identificou as “irregularidades durante auditoria interna e solicitou abertura de inquérito para a Polícia Civil”, o que levou à investigação atual. (Veja vídeo abaixo)
“É importante salientar que essa é uma demanda da secretaria desde o ano passado, nós temos dado todas as condições para que a polícia faça o seu trabalho, chegue aos verdadeiros responsáveis por esses atos. Não compactuamos com qualquer tipo de ilicitude. Que os responsáveis sejam identificados e sejam punidos com que a lei determina”, afirmou o secretário de Saúde de Fortaleza, Galeno Taumaturgo.
A secretaria também afirmou que “tomou as medidas administrativas cabíveis” e que está colaborando com a polícia nas investigações.
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