27 de dezembro de 2024

Exposição na cidade da COP apresenta transformações na Amazônia desde quando a floresta era coberta pelo mar

Mostra cultural chamada de “Fóssil Vivo” foi montada no Parque Zoobotânico do Museu Emílio Goeldi. Exposição ‘Fóssil Vivo’ contará com recursos inovadores e de audiovisual.
Divulgação
O que atualmente é a maior floresta tropical do mundo já foi uma grande área coberta por águas e uma mostra cultural que será aberta nesta sexta-feira (30), no Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi, vai permitir ao público conhecer diversos momentos da Amazônia e o que ela já teve no passado.
A exposição Fóssil Vivo promete levar adultos e crianças para 20 milhões de anos atrás, quando a região era habitada por animais que foram extintos.
Curada pelo cientista social e cineasta Adriano Espínola Filho a exposição combina ciência, tecnologia e a riqueza da história natural da Amazônia. A mostra poderá ser apreciada no Centro de Exposições Eduardo Galvão.
Leia também: 1º Parque Zoobotânico do país fica na Amazônia e completa 129 anos: jacaré gigante, ossada de baleia e outras curiosidades do Museu Emílio Goeldi
É uma oportunidade para que os moradores de visitantes da sede da COP-30 (Conferência Climática da Organizações das Nações Unidas – ONU, em 2025) percebam que as mudanças climáticas trazem alterações e transformam o ambiente há milhares de anos.
“Um dos objetivos da mostra, na primeira parte, é contar para o visitante uma história ainda pouco conhecida do público: o período em que a Amazônia era mar. Já, na segunda parte, haverá experiência com animais da Megafauna brasileira, extinta há cerca de 11 mil anos”, explica o curador da mostra Adriano.
Ainda segundo Adriano, o visitante poderá interagir com esses enormes animais que conviveram com o ser humano durante milhares de anos, mas por conta das mudanças climáticas, adaptações e outras séries de fatores, acabaram extintos
As peças que o público poderá conferir e interagir foram retratados de fósseis que compõem a Coleção Paleontológica do Museu Goeldi e que são objetos de estudos por diversos pesquisadores.
Fósseis da Coleção Paleontológica do Museu Emílio Goeldi
Divulgação
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Estes fósseis foram coletados em sítios paleontológicos localizados em Salinópolis, Capanema e São João de Pirabas, no nordeste paraense; bem como Itaituba, sudoeste do Pará.
“A ideia é apresentar os fósseis de uma importante unidade estratigráfica, a Formação Pirabas, visto que ela representa uma grande diversidade, principalmente da fauna litorânea do estado do Pará, de 23 milhões de anos antes do presente. Bem como traz à tona a história do estabelecimento do Rio Amazonas, cuja influência na costa leste amazônica, no passado, era muito distinta do que é hoje”, pontua a pesquisadora Maria Inês Feijó Ramos, curadora da Coleção Paleontológica do Museu Emílio Goeldi.
Para ela a exposição será uma oportunidade de divulgar estudos da Paleontologia, uma área da geociência pouco difundida na região.
Sítios paleontológicos no litoral paraense.
Adriano Espínola
Os visitantes contarão com recursos audiovisuais, incluindo minidocumentários gravados em Salinópolis e no Campus de Pesquisa do Museu Goeldi, em Belém, que apresentam o trabalho dos paleontólogos e o processo de escavação, identificação, catalogação e estudo dos fósseis, que podem resultar também na identificação de novas espécies.
A exposição Fóssil Vivo tem o patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Rouanet, e ficará aberta para visitação até dezembro de 2024.
Exposição Fóssil Vivo foi montada no Centro de Exposições Eduardo Galvão.
Adriano Espínola
Serviço
Exposição Fóssil Vivo 
Onde: Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi – Centro de Exposições Eduardo Galvão
Av. Magalhães Barata, 376 – São Braz – Belém
Quando: De 30 de agosto de 2024 a 31 de dezembro de 2024 (de quarta a domingo, inclusive feriados, das 9h às 16h)
Valor: R$ 3,00 (inteira) e R$ 1,50 (meia) e gratuidades garantidas por Lei. 
Mostra cultural vai permitir público conhecer estudos paleontológicos da Amazônia
Leandro Mathiello
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