20 de setembro de 2024

Acusados de matar vendedora por causa de dívida são condenados à prisão em Franca, SP

Atirador e mandante foram sentenciados nesta quinta-feira (29) ao cumprimento de penas em regime fechado. Erika Cardoso, de 40 anos, foi morta a tiros na garagem de casa. O tribunal do júri condenou à prisão nesta quinta-feira (29) dois homens acusados de matar a vendedora Erika Cardoso, de 40 anos, em Franca (SP). O crime aconteceu em abril de 2023, quando a vítima chegava à casa dela no bairro São Joaquim.
Bruno Rafael de Souza, acusado de atirar na vítima, foi condenado a 16 anos de prisão. Cristofer dos Santos Silva, apontado como o mandante do crime, pegou 15 anos.
Segundo a acusação, a vítima devia dinheiro aos réus.
Os dois, presos preventivamente desde junho do ano passado, devem cumprir as penas em regime fechado.
As defesas dos réus não foram localizadas até a publicação desta matéria.
Erika Cardoso foi morta a tiros na garagem de casa em abril de 2023, em Franca, SP
Reprodução/EPTV
Assassinato dentro de casa
O crime aconteceu na Rua Elias Nassif Sobrinho, no bairro São Joaquim. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que um homem disfarçado de entregador invadiu a garagem da casa de Erika, que tinha acabado de entrar com o carro.
Em seguida, as imagens mostram que o homem saiu da casa, pegou a moto deixada na rua e foi embora.
O filho de Erika, com 11 anos na época, dormia no momento do crime.
De acordo com a polícia, a vítima levou, pelo menos, sete tiros e morreu no local. Na época, um familiar da vendedora informou que ela estava sendo ameaçada por conta de empréstimos feitos com agiotas.
A investigação apontou que Bruno Rafael foi quem deu os tiros em Érika. Ele foi preso um dia depois e confessou o crime. Já Cristofer foi encontrado um mês após o crime acusado de ser o mandante.
Rede de agiotagem em Franca
A morte de Erika levou o Ministério Público de Franca a acompanhar registros de ocorrências relacionadas a agiotagem, violência envolvendo a prática, ameaça e extorsão.
Só na operação “Maré Alta”, deflagrada em novembro de 2023, o Grupo de Atuação e Combate do Crime Organizado (Gaeco) apontou que uma das quadrilhas identificadas movimentou aproximadamente R$ 19 milhões em três anos.
As quantias foram movimentadas em contas bancárias em nomes dos integrantes do grupo e de laranjas. Cinco pessoas foram presas. Nas redes sociais, elas ostentavam uma vida cheia de mordomias.
A quadrilha atuava na região de Franca emprestando dinheiro a juros abusivos e agia com violência e graves ameaças contra “devedores”.
Ainda de acordo com a promotoria, os valores arrecadados com a prática criminosa eram usados para lavagem de dinheiro usando empresas de fachada, veículos de luxos e imóveis.
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