É possível ouvir o estrondo, seguido de muita fumaça saindo das janelas. Luiz Evaldo e Graciane Rosa, juntamente com o filho Léo, morreram por diversas fraturas ao caírem do prédio. Vídeo mostra explosão em prédio que causou morte de casal e bebê em Goiás
Câmeras de segurança do Condomínio Residencial Parque das Árvores, em Valparaíso de Goiás, registraram o momento da explosão que desencadeou um incêndio em um apartamento. Um casal e o filho recém-nascido morreram ao caírem do 7º andar. A Polícia Civil e a perícia tentam descobrir o que causou o fogo.
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O incêndio aconteceu na manhã de terça-feira (27), enquanto um técnico de impermeabilização de sofá estava no apartamento. Ele e a mãe da mulher que morreu conseguiram fugir das chamas com vida, embora tenham ficado feridos. Luiz Evaldo de Lima e Graciane Rosa de Oliveira, juntamente com o filho Léo, morreram por conta das diversas fraturas que tiveram ao caírem do prédio.
O vídeo mostra o momento da explosão com áudio. É possível ouvir o estrondo, seguido de muita fumaça saindo das janelas. Rapidamente, as pessoas começam a gritar e cães começam a latir.
Os apartamentos do sexto ao 11º andar foram todos interditados, até que a Polícia Científica conclua a perícia no local e o laudo da Defesa Civil assegure que a estrutura não corre risco de queda ou qualquer outro problema.
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Queda acidental
A queda do casal e do bebê do apartamento em chamas pode ter sido acidental, de acordo com o perito Fernando Lerbach. Até então, acreditava-se que o casal tinha se jogado do prédio por desespero. Luiz Evaldo de Lima e Graciane Rosa de Oliveira, juntamente com o filho Léo, morreram por conta das diversas fraturas.
“Quando a gente faz uma análise, um dos parâmetros que usamos é o deslocamento da vítima em relação ao ponto em que ela caiu. Quando é uma queda acidental, geralmente essa proximidade é bem pequena, como foi o caso. Todas as vítimas estavam muito próximas à prumada do prédio, o que indica para nós que foi realmente uma queda acidental, e não alguém que se projetou para frente”, explicou o perito.
Segundo apurado pela TV Anhanguera, a mãe de Graciane, que é proprietária do apartamento, continua internada no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), no Distrito Federal. Uma familiar contou que ela teve 30% do corpo queimado e, por isso, não pôde ir ao velório da família. O técnico de impermeabilização de sofá recebeu alta.
O irmão do garçom Luiz Evaldo desabafou sobre a morte da família. À TV Anhanguera, o militar Elivelton Lima afirmou que recebeu muito apoio e solidariedade.
“Não tem sido fácil. Foram horas e poucos dias de muita necessidade de carinho e oração de todos. Apareceu muita gente oferecendo solidariedade, tanto financeira quanto emocional. Eu só quero deixar a minha gratidão a cada pessoa. Não consegui responder a todos, mas o apoio fez toda a diferença, e Deus tem nos dado forças para seguir em frente, pois não tem sido fácil”, disse.
Desabrigados
O síndico Anderson de Oliveira explicou que, como o Bloco E foi evacuado após o incêndio, os moradores procuraram as casas de familiares e amigos para passar a noite de terça (27). “A gente sabe que, em um momento de tragédia como essa, estar com o seu familiar, ouvir uma palavra amiga, não estar sozinho é muito importante”, disse Anderson.
Somente seis famílias do Bloco E não conseguiram abrigo com parentes e, por isso, o condomínio está pagando um hotel para que eles se acomodem até que todos os andares sejam liberados.
“Algumas famílias não tem ninguém próximo. Então, determinei que todos fossem alojados no hotel mais próximo do condomínio, porque a gente sabe que como eles moram aqui, toda a sua rotina, toda a sua dinâmica de vida está próxima ao condomínio”, detalhou o síndico.
Alguns andares do Bloco E foram liberados na tarde de quarta-feira (28) para que os moradores voltassem. De acordo com Anderson, dos 88 apartamentos da torre, 66 já foram liberados e outros 22 continuam interditados.
A Prefeitura de Valparaíso se colocou à disposição para oferecer suporte psicológico a todos os moradores do condomínio.