Seca é consequência do último El Ninho, conforme especialista. Previsão é de que estiagem siga até o mês de outubro. No Tocantins, 11 cidades enfrentam situação de seca extrema
Em diversas regiões do Tocantins não chove há mais de 100 dias. Por conta disso, 11 municípios estão enfrentando situação de seca extrema. A informação é do Centro de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden).
Em diversas regiões do Tocantins não chove há mais de 100 dias e por conta disso 11 municípios estão enfrentando situação de seca extrema. O levantamento é do Centro de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden).
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Os municípios atingidos são Abreulândia, Aragominas, Araguanã, Bernardo Sayão, Divinópolis, Itaporã, Marianópolis, Muricilândia, Pequizeiro, Santa Fé do Araguaia e Xambioá. Segundo meteorologistas, a previsão é de estiagem até o mês de outubro.
O pesquisador do Cemaden, Marcelo Zeri, explica que a seca é uma consequência do último El Ninho. “A gente já vem com seis meses de níveis de chuva abaixo da média e isso é uma cascata, a chuva fica abaixo da média, ela afeta a água no solo também e isso afeta a vegetação”, afirma.
Em outras 102 cidades do estado, a situação é considerada severa, com prejuízos para a agricultura e pecuária. “O gado faz o efeito de sanfona. O gado engorda no tempo chuvoso. Quando chega nesse tempo, o gado emagrece. Aí você vai esperar de novo o tempo chuvoso para o gado engordar”, explica o pecuarista Mauro Hércules.
Rio seca com estiagem de mais de 100 dias no Tocantins
Reprodução/TV Anhanguera
Imagens aéreas da Ilha do Bananal revelam que a seca afeta toda a região e compromete a maior ilha de água doce do mundo. O Rio Javaés, um dos maiores braços do Araguaia e que abastece comunidades indígenas apresenta vários pontos de seca.
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Calamidade
O incêndio em uma grande área rural do município de Centenário destruiu pelo menos sete propriedades inteiras, na região conhecida como Cedro. Isso fez a prefeitura da cidade decretar estado de calamidade pública na quinta-feira (29).
Zona rural de município no Tocantins devastada pelas chamas
Prefeitura de Centenário/ Divulgação
A decisão de decretar estado de calamidade, segundo o documento, foi tomada ao considerar “a necessidade urgente de mobilização de recursos materiais, humanos e financeiros para ações de combate ao incêndio, atendimento emergencial à população afetada, e recuperação das áreas atingidas”.
Conforme o município, o incêndio de grandes proporções “fez diversas famílias perderem suas casas e bens, e outras encontram-se em risco iminente de perder suas propriedades e meios de subsistência em decorrência do avanço do fogo”.
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