16 de novembro de 2024

TCE-PR anula decisão que suspendeu licitação de mão de obra para presídios do estado

Tribunal de Contas do Estado havia identificado possíveis irregularidades no processo licitatório, mas decisão foi revogada após novas informações e justificativas apresentadas pela Secretaria de Estado da Administração e da Previdência. Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR)
Carolina Wolf/RPC
O Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR) derrubou a decisão inicial onde suspendia temporariamente uma licitação para contratar uma empresa que forneceria mão de obra para as unidades prisionais do estado mantidas pelo Departamento de Polícia Penal (Deppen), vinculado à Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp).
✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp
✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram
A decisão, em caráter cautelar, havia sido tomada pela Corte do TCE-PR, após identificar possíveis irregularidades no processo licitatório.
A licitação foi realizada pela Secretaria de Estado da Administração e da Previdência (Seap) e a mão de obra inclui monitores de ressocialização e encarregados administrativos, com um contrato de quase R$ 2 bilhões para cinco anos, conforme o TCE.
Depois, a decisão de revogação foi fundamentada em novas informações e justificativas apresentadas pela Seap.
Irregularidades apontadas inicialmente
Inicialmente, entre os problemas apontados pelo conselheiro Augustinho Zucchi, que emitiu a cautelar, está o uso de um pregão presencial em vez de um pregão eletrônico, o que pode ser menos transparente e competitivo.
A Seap explicou que os serviços licitados serão prestados em ambientes perigosos e que, no pregão presencial, o controle sobre quem participa é mais direto, reduzindo o risco de contratação de empresas inadequadas. Disse também que, no sistema de pregão eletrônico, o anonimato dos participantes até a fase final da disputa é uma preocupação.
“Fácil seria para quaisquer pessoas mal-intencionadas, utilizando-se de algum CNPJ, viesse a cadastrar a sua proposta e, durante a fase de disputa, “afundar” propositalmente o valor da melhor oferta, configurando-se assim o chamado “coelho de licitação”, gerando confusão entre os licitantes idôneos e atrapalhando, propositalmente, o andamento da sessão pública”, explicou a Seap.
LEIA TAMBÉM:
Tragédia: Casal morto com família em engavetamento planejava casamento: ‘Estavam no momento mais feliz da vida’, diz irmã
Maringá: Ginecologista acusado de abusar sexualmente de 38 mulheres é condenado a 35 anos de prisão
Relembre: Acusado de assassinar youtuber Isabelly em Pontal do Paraná começa a ser julgado
Além disso, a forma como o contrato foi descrito e os custos estimados pelo governo não estavam evidentes, levantando dúvidas sobre a legalidade e a precisão da licitação, também de acordo com o conselheiro.
Em resposta ao TCE, a Seap propôs correções no termo de referência e descrição dos custos.
Suspensão anterior
Entre março e maio de 2023, o primeiro pregão foi suspenso por uma decisão cautelar expedida pelo mesmo conselheiro do TCE, Augustinho Zucchi, também por suspeita de irregularidades.
Conforme o TCE, o pregão anterior estava previsto para contratar mão de obra não só para as unidades prisionais mantidas pelo Deppen, mas também para aquelas mantidas pelo Departamento da Polícia Civil (DPC). O valor estimado para essa licitação era de cerca de R$ 577 milhões.
Essa primeira suspensão foi revogada, o que permitiu que a Secretaria de Estado da Administração e da Previdência (Seap-PR) retomasse o processo.
VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná
Leia mais notícias em g1 Paraná

Mais Notícias