19 de setembro de 2024

Um dia depois dos pagers, walkie-talkies do Hezbollah explodem no Líbano; mortes nos ataques coordenados chegam a 26

Nesta quarta-feira (18), 14 pessoas morreram e 450 ficaram feridas. O grupo extremista e o governo libanês voltaram a acusar Israel. Pelo 2º dia seguido, aparelhos de comunicação do Hezbollah explodem no Líbano
Pelo segundo dia seguido, aparelhos de comunicação do grupo extremista Hezbollah explodiram em várias cidades do Líbano.
Uma das explosões aconteceu durante um funeral do Hezbollah para os extremistas que morreram nas explosões de terça-feira (17).
Depois dos pagers, nesta quarta-feira (18) foram os aparelhos de rádio ou walkie-talkies que explodiram na capital Beirute , no sul e no oeste do Líbano. As explosões causaram incêndios em várias partes do país. Prédios, lojas de eletrônicos e veículos pegaram fogo. A agência oficial de notícias do Líbano relatou que placas de energia solar também explodiram.
Vinte pessoas morreram e 450 ficaram feridas. O Hezbollah e o governo libanês voltaram a acusar Israel.
Um dia depois dos pagers, walkie-talkies do Hezbollah explodem no Líbano
Reprodução/TV Globo
O que são os pagers, dispositivos que explodiram no Líbano
Na terça-feira (17), a detonação de centenas de pagers matou 12 pessoas e deixou quase 3 mil feridos. Integrantes do Hezbollah e duas crianças morreram.
O jornal “The New York Times” ouviu autoridades dos Estados Unidos e de outros países. Elas revelaram que agentes israelenses interceptaram pagers de uma empresa de Taiwan antes da entrega para o Hezbollah e plantaram explosivos nos aparelhos.
Nesta quarta (18), a companhia negou qualquer envolvimento e disse que uma empresa parceira, da Hungria, fabricou os modelos. Esta empresa e o governo húngaro declararam que os pagers não foram produzidos no país.
Na terça-feira (17), a detonação de centenas de pagers matou 12 pessoas e deixou quase 3 mil feridos
Reprodução/TV Globo
Em visita ao Egito, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou que os Estados Unidos não foram avisados previamente sobre as explosões.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou que as explosões no Líbano parecem ter sido um ataque preventivo antes de uma grande operação militar.
O governo de Israel não comentou o que aconteceu. Mas, nesta quarta-feira (18), no segundo dia de explosões, as autoridades israelenses declararam que o país entrou em uma nova fase da guerra, com foco no norte, na fronteira com o Líbano. O anúncio foi feito pelo ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, durante uma visita a uma base aérea na região. As Forças Armadas deslocaram um batalhão para lá.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, falou pela primeira vez desde o início das explosões. Ele afirmou que todos os milhares de desalojados pelo conflito com o Hezbollah, no norte de Israel, vão poder voltar para suas casas.
Nesta quarta-feira (18), o grupo extremista e o Exército israelense voltaram a trocar ataques na região.
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