Neste domingo (22), marcado pelo início da primavera no hemisfério sul, o g1 detalha o atual panorama da produção de flores e folhagens na Bahia. Rosas plantadas em Maracás, principal produtor de flores na Bahia
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Neste domingo, 22 de setembro, exatamente às 9h44 (horário Legal de Brasília), tem início no hemisfério sul a primavera. A estação segue até 21 de dezembro e está associada ao reflorescimento da flora terrestre. Isso significa um aumento na produção de flores, atividade que gera renda para cerca de 12 mil pessoas em toda a Bahia e movimenta mais de R$ 300 milhões por ano, conforme o Instituto Brasileiro de Flores (Ibraflor).
O estado é responsável por apenas 2% da produção brasileira e ocupa a oitava posição no ranking nacional de cultivo de flores e plantas ornamentais. O percentual é relativamente pequeno, entretanto, a Bahia se destaca pela beleza e pela diversidade dos exemplares.
Orquídeas, rosas, crisântemos, gérberas estão entre as muitas flores plantadas na Bahia. Além disso, as folhagens e as chamadas flores tropicais, como helicônias, alpineas e antúrios reforçam o setor.
Conforme o Ibraflor, o cultivo é feito principalmente por agricultores familiares, todavia, há também grandes fazendas produtoras. Em Camaçari, por exemplo, está o maior orquidário do estado, de onde saem, anualmente, oitenta mil unidades produzidas em estufas, com vários tons e formatos.
Orquídeas estão entre as flores produzidas em grande escala na Bahia
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‘Cidade das flores’ fica no sudoeste
Maracás, no sudoeste, é responsável por 80% da produção estadual e por isso ficou conhecido como “cidade das flores”. Somente uma propriedade rural produz 18 mil dúzias de rosas por mês no pequeno município, que tem pouco mais de 20 mil habitantes, de acordo com o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a Secretaria de Agricultura de Maracás, são 400 pessoas envolvidas na atividade, através de associações ou de modo individual. A cidade fornece flores e plantas ornamentais para cerca de 30 localidades na Bahia, além de outros estados, em menor quantidade.
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Produção de flores emprega cerca de 400 pessoas em Maracás, na Bahia
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Conforme Secretaria de Agricultura do Estado, nos últimos anos o mercado se expandiu para além do sudoeste e hoje está presente em diversas regiões, como litoral norte e sul, além da Chapada Diamantina.
Entre as vantagens para a produção de flores e plantas ornamentais na Bahia estão a diversidade de clima e solo, variando desde o semi-árido e o cerrado até o úmido e o subúmido, o que permite amplas possibilidades para inúmeros cultivos de espécies nativas e também exóticas.
O escoamento da produção acontece basicamente em Salvador, além de cidades como Feira de Santana e Itabuna, onde as flores são entregues e encaminhadas para abastecer outras localidades no estado.
Recuperação pós-pandemia
Gérberas estão entre as flores mais plantadas na Bahia
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Desde 2022 o mercado tem se recuperado após o baque causado pela pandemia. Com a suspensão de grande parte das atividades coletivas, principalmente de eventos, 80% de toda a produção nacional foi perdida, de acordo com o Ibraflor. Toneladas de flores foram moídas para virar adubo.
Na Bahia, não foi diferente. Em Maracás, as perdas atingiram 90%. Em apenas um sítio, 30 mil dúzias de rosas, crisântemos, além de complementos ornamentais, como as folhagens, foram colhidos e depois, jogados no lixo. Para driblar as dificuldades, produtores locais investiram em clubes de envios de rosas e nas vendas virtuais.
O setor começou a ser reaquecido em 2021, devido ao comportamento que surgiu entre as pessoas, no período do isolamento social, de tornar os ambientes domésticos mais leves e bonitos. O hábito foi mantido mesmo após a redução das medidas e, em 2023, houve um crescimento de 8% no setor, em relação ao ano anterior, conforme o Ibraflor. Para 2024, a expectativa é de outro aumento de 8%.
Mercado de flores se recupera após a pandemia
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A chegada da primavera, portanto, anima os produtores de Maracás. Um deles é Gilvan dos Santos, que produz as flores de corte mais consumidas no Brasil: as rosas.
“O inverno prejudica muito a produção [de flores]. Não ficamos sem vender, mas não conseguimos uma qualidade e quantidade adequada para suprir os clientes. Já na primavera conseguimos bastante mercadoria e com uma qualidade muito superior”, detalha.
Além disso, ele destaca que, nesta época do ano, “as pessoas passam a comprar mais flores para dentro de casa, e também há a retomada de projetos paisagísticos, jardins que são refeitos passado o período chuvoso”.
Flores produzidas em Maracás, na Bahia
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Curiosidades da primavera 🌹:
Nesta estação, as temperaturas são mais amenas em todo o país;
A umidade relativa do ar aumenta, o que eleva a sensação de bem estar;
No primeiro dia da primavera, por ser uma data equinocial, o dia e a noite têm exatamente a mesma duração na Linha do Equador;
Durante a estação, os dias vão se tornando mais longos e as noites, mais curtas.
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