25 de setembro de 2024

Operação cumpre nove mandados de prisão contra suspeitos de vender notas fiscais falsas na Região da 44 e causar prejuízo de R$ 40 milhões

Segundo a Polícia Civil, o esquema funciona com serviço de delivery para lojistas que sonegavam impostos. Ao todo, 11 empresas são alvos na ação. Polícia investiga grupo suspeito de emitir notas fiscais para fraudar produtos roubados
Um esquema de venda de notas fiscais falsas foi alvo da Polícia Civil na Região da 44, em Goiânia, na manhã desta terça-feira (24). Ao todo, foram cumpridos nove mandados de prisões temporárias e 10 de buscas e apreensões contra investigados durante a deflagração da Operação Notas Delivery. Todos são suspeitos de criarem empresas de fachada em nome de “laranjas” e causarem prejuízos de R$ 40 milhões ao Estado.
“Esse grupo criminoso é responsável por um esquema de venda de notas fiscais falsas na Região da 44. Os lojistas que sonegavam impostos encomendavam essas notas para essas pessoas, que tinham o serviço de delivery, de entrega dessas notas”, revelou o delegado responsável pela operação, Bruno Silva, à TV Anhanguera.
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Silva destacou que as notas fiscais eram emitidas por meio de empresas de fachada, chamadas “noteiras”. De acordo com ele, até o momento, seis prisões foram realizadas, incluindo um flagrante de um suspeito portando uma arma de fogo de uso restrito. A investigação listou 11 empresas no esquema, algumas registradas em nome de moradores em situação de rua.
“Alguns membros captavam pessoas em situação de rua e criavam empresas no nome delas, e essas empresas emitiam milhões em notas fiscais. O estado, então, não tinha como cobrar e o lojista, que não aparecia na nota, ele sonegava os impostos”, ressalta Bruno Silva.
Na operação da Região da 44, uma arma de uso restrito foi apreendida na casa de suspeitos, diz polícia
Divulgação/PCGO
Notas Delivery
Durante as investigações, a polícia identificou como era a participação de comerciantes no esquema: “A loja que vendeu não aparecia na nota e aparecia o dado falso da empresa ‘noteira’, como se ela tivesse vendido. E essa empresa como era de nome de ‘laranja’ ou criada por documento falso, não recolhia nenhum imposto”.
A polícia identificou que as notas fiscais falsas eram usadas para remeter e transportar mercadorias no estado e pelo país.
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As investigações identificaram também que o grupo criou taxas para fomentar a organização. “Inclusive, um estatuto para ter regras e a organização comandar realmente este crime na região”, pontuou o delegado.
Bruno Silva antecipou que essa é a primeira fase, que teve como alvo os operadores das fraudes. “São pessoas que têm antecedentes criminais por tráfico, associação para o tráfico, passagem por presídios, inclusive, foi nesta experiência em presídios que eles reproduziram essas regras, esse estatuto, que aprenderam com facções criminosas, que são conhecidas por tráficos de drogas”, destacou.
Polícia Civil em ação na Região da 44 faz prisões de suspeitos de esquema de notas fiscais falsas
Divulgação/PCGO
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