25 de setembro de 2024

Em entrevista ao MG1, Bruno Engler defende escola cívico-militar, diz que vai ampliar telemedicina e minimiza ao falar sobre custos das propostas

Candidato do PL foi entrevistado ao vivo por Aline Aguiar e Sérgio Marques nesta terça-feira (24). Aline Aguiar e Sérgio Marques entrevistam Bruno Engler (PL) no MG1 desta terça-feira (24)
Leonardo Milagres/ g1
O candidato à Prefeitura de Belo Horizonte pelo PL, Bruno Engler, disse nesta terça-feira (24) ao MG1 que vai implantar escolas cívico-militares na cidade e implantar mecanismos tecnológicos no ensino.
Ele afirmou também que vai ampliar o sistema de telemedicina e construir novas unidades de saúde em regiões de maior demanda, sem especificar quantas.
Os cinco nomes mais bem colocados na pesquisa Datafolha divulgada em 19 de setembro serão entrevistados ao vivo pelos jornalistas Aline Aguiar e Sérgio Marques durante 30 minutos nesta semana. A ordem das entrevistas foi definida por sorteio acompanhado por representantes das candidaturas.
Os outros cinco candidatos da disputa farão entrevistas gravadas, com dois minutos de duração, que serão exibidas no próximo sábado (28) no MG1.
Todas as entrevistas ficarão disponíveis na íntegra no g1.
MG1 entrevista candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte a partir desta segunda-feira
Educação
A primeira pergunta feita pelos entrevistadores foi sobre os índices de analfabetismo entre jovens de Belo Horizonte e o candidato respondeu, de forma geral, sobre as propostas da campanha para a educação como um todo na cidade.
Engler propôs um programa de alfabetização na primeira infância, para crianças de 5 a 7 anos, e prometeu zerar a fila para a educação infantil, hoje estimada em 1.600 crianças de 0 a 2 anos, além da ampliação do ensino integral.
Além disso, o candidato do PL também propôs a criação de escolas cívico-militares na capital, negando se tratar de uma bandeira ideológica, e a adoção de mecanismos tecnológicos para o ensino e para prender a atenção dos alunos nas aulas.
Para colocar essas propostas na prática, citou como exemplos modelos de ensino que adotam realidades virtuais e laboratórios de informática e que a transição para escolas cívico-militares será feita gradualmente, por meio de um programa piloto em uma unidade de ensino municipal a ser definida.
Para os jovens e adultos analfabetos da capital, Engler propôs o fortalecimento do programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA), por meio da ampliação de vagas e de incentivos.
“Incentivos através de propagandas, recrutamentos, conversando com essas pessoas, falando da disponibilidade, criando mais vagas nessa modalidade de ensino. Obviamente a gente não pode obrigar […] mas que ela tenha todas as portas abertas, escancaradas para ter acesso a esse ensino”, propôs o candidato.
Ainda sobre a educação infantil, Engler propôs o direcionamento dos processos licitatórios para creches próprias e conveniadas nas periferias, onde, segundo o candidato, o déficit de vagas é maior.
Saúde
Bruno Engler disse que, se for eleito, vai ampliar o sistema de telemedicina para desafogar as unidades de saúde. A ideia é que pacientes que precisam de receita médica ou de atestado, por exemplo, sejam atendidos pelo celular.
“É mais confortável para o cidadão, que não precisa sair de casa, e, para quem de fato precisa estar na unidade de saúde, é uma pessoa a menos disputando essa vaga”, afirmou.
Engler também criticou o atendimento pré-natal e ginecológico da rede municipal de Belo Horizonte e afirmou que vai ampliar o acesso a atendimentos especializados.
O candidato ainda falou que é preciso melhorar as condições de trabalho e salário dos profissionais de saúde para que eles queiram trabalhar na cidade e prometeu que, se for eleito, todos os centros de saúde de Belo Horizonte terão pediatra, até o fim do mandato.
Engler ainda propôs construir novas unidades de saúde em regiões com maior demanda, sem especificar quantas. Segundo ele, “não falta recurso” na saúde.
“A gente não coloca número específico, porque precisa sentar na cadeira de prefeito e entender a realidade orçamentária de BH”, disse.
Por fim, o candidato afirmou que vai criar um aplicativo da saúde para que as pessoas tenham acesso, em tempo real, ao tempo de espera e à disponibilidade de medicamentos em cada unidade de saúde.
Trânsito e mobilidade
Os entrevistadores perguntaram sobre a implementação de uma proposta do candidato de adoção de inteligência artificial para a gestão em tempo real do trânsito na capital, baseado no modelo feito em São Caetano do Sul, na Região Metropolitana de São Paulo.
Engler citou que o modelo adotado pela cidade paulista pode não ter o mesmo resultado em Belo Horizonte, mas que qualquer redução no tempo de tráfego “já é um ganho enorme na vida do belo-horizontino”.
O candidato defendeu que hoje Belo Horizonte possui um sistema ultrapassado de gestão dos semáforos e que a modernização tem o potencial de sincronização dos sinais em fluxo e contrafluxo.
Questionado se adotaria a tarifa zero para o transporte coletivo — que foi implementada em São Caetano do Sul —, o candidato diz que o orçamento de Belo Horizonte não suportaria a medida. Com relação ao transporte por ônibus, pretende fazer uma “fiscalização ferrenha” nos contratos com as empresas, com punição quando o contrato for descumprido, sem comprometer a prestação de serviço.
“Se for caso de suspensão ou rescisão, é gradual até o momento que consiga se trazer uma concessão nova”, esclareceu o candidato do PL.
Engler também defendeu que Belo Horizonte seja “líder” no que diz respeito ao transporte metropolitano, com diálogo com as demais prefeituras e com o Governo do Estado para a busca de soluções conjuntas.
Reportagem em atualização

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