24 de setembro de 2024

Ao SP1, Tabata promete transformar 50% de escolas em integrais sem explicar como irá remunerar funcionários: ‘professor não é só salário’

Tabata foi segunda entrevistada da série de entrevista que o telejornal SP1, da TV Globo, promove nesta semana com os candidatos a prefeito da capital. As entrevistas são conduzidas pelo jornalista Alan Severiano. SP1: Tabata Amaral (PSB) responde pergunta sobre ensino integral
O candidato do PSB à Prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral, disse nesta terça-feira (24) que pretende transformar 50% das escolas de ensino fundamental da capital paulista em unidades integrais, caso seja eleita prefeita.
Segundo ela, a capital paulista atualmente tem apenas 6% das escolas municipais nessa categoria – 1° ao 9º ano, e que isso vai mudar num eventual governo dela na cidade.
““Quando a gente olha até o 9º ano, apenas 6% das crianças estão o dia todo na escola. Isso é uma vergonha. Fortaleza tem metade do dinheiro que a gente tem pra investir na educação e tem 60, 70% dos alunos em tempo integral. (…) Tem uma história aqui que acho que vai fazer toda a diferença, eu sou filha da escola pública, eu sou ativista pela educação desde que eu me entendo por gente, fui presidente da bancada da educação no Congresso e não é só discurso. Fui eu que articulei a vacina”, disse Tabata.
Tabata Amaral dá entrevista ao g1
Reprodução/TV Globo
A implementação do projeto de escolas integrais, segundo a candidata, se dará de forma gradativa, com 10% das escolas por ano entrando no grupo de ensino integral, até chegar à meta de 50%.
Tabata foi segunda entrevistada da série de entrevista que o telejornal SP1, da TV Globo, promove nesta semana com os candidatos a prefeito da capital. As entrevistas são conduzidas pelo jornalista Alan Severiano.
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Questionada sobre como vai ligar com futuras greves de professoras na cidade de São Paulo para melhoria de salários, Tabata se esquivou dizendo que pretende melhorar a qualidade de vida desses profissionais como um todo, uma vez que, segunda ela, “professor não é só salário”.
“Eu venho conversando muito com os professores e as professoras, Alan, e eles mesmos me dizem ‘não podemos perder o poder de compra’ que era a reivindicação que eles tinham, mas tem outas coisas, além do salário, que tão acabando com a saúde mental dos professores. O Brasil é um país violento contra professor, é a bolinha de papel, é ameaça, é agressão verbal, é tudo que a gente ta vendo. É os atentados. Comigo, a gente vai trabalhar pra ter uma cultura de paz, pra combater o bullying, pra ter psicólogo nas escolas e tolerância zero pra violência, principalmente dentro das escolas. Outra questão que impacta muito o bem-estar do professor, nós temos salas de aula que o professor tem cinco alunos om deficiência, cinco alunos com transtorno do espectro autista, o pessoal ta desamparado. Eu defendo a inclusão, inclusive o nosso projeto é o que mais propostas pra pessoas com deficiência e pra mães atípicas com crianças com TEA”, declarou.
SP1: Tabata Amaral (PSB) responde pergunta sobre salário de professores
“Sou da educação, não é teoria. São conversas diárias com os professores. Se me permite uma frase pra encerrar o que eu falava sobre alunos com deficiência. Toda a roda de conversa que eu faço com os professores o primeiro assunto não é salário, é o quanto eles tão jogados na sala de aula desamparados. É porque o professor se sente incapaz, o professor fala “eu não consigo”, “eu não consigo garantir o direito à educação dessas cinco crianças com deficiência e dos outros 30 que eu tenho aqui na minha sala. É por isso que a gente vai te ruma equipe de saúde mental em cada posto, psicólogo, mas eu vou além tem que te rum profissional a educação inclusiva, tem que te acompanhante terapêutico quando a criança precisa”, disse.
“Sei que quem olha de fora pode falar ‘é só salário’, mas não é, é você cuidar da saúde mental do profissional da educação, é você garantir profissionais de assistência à saúde para irem dar conta daquela sala, é fazer a política publica não do gabinete lá no centro, mas junto com os professore ouvindo e é porque ele conhecem a minha trajetória”, completou.

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