29 de setembro de 2024

EUA querem apresentar proposta de cessar-fogo temporário entre Israel e Hezbollah

Esforços dos EUA são para frear rápida escalada no conflito, ocorrida após explosões de pagers e walkie-talkies no Líbano, e evitar ‘guerra total’. Bombardeio ao fundo de paisagem de praia no Líbano
REUTERS/Aziz Taher
Os Estados Unidos estão estudando apresentar uma proposta de cessar-fogo temporário nas agressões entre Israel e o grupo extremista libanês Hezbollah para frear as tensões entre as partes, disseram autoridades dos EUA à agência Associated Press nesta quarta-feira (25).
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A tentativa ocorre em meio a uma rápida escalada de tensões entre Israel e Hezbollah após explosões de pagers e de walkie-talkies de membros do grupo extremista no Líbano e o dia mais sangrento desde 2006 com bombardeio israelenses em Beirute, que deixou mais de 560 mortos na segunda (23).
O Secretário de Estado, Antony Blinken, e outros funcionários americanos passaram os últimos três dias na Assembleia Geral anual da ONU, em Nova York, buscando apoio de outros países para o plano, que esperam poder levar a uma estabilidade de longo prazo ao longo da fronteira, segundo as autoridades, que falaram sob condição de anonimato para discutir conversas diplomáticas sensíveis.
No entanto, eles disseram que os detalhes específicos da proposta ainda não estavam completos.
Um funcionário americano disse à AP que Israel apoia os esforços dos EUA para diminuir a tensão na região.
O objetivo dos Estados Unidos é evitar uma “guerra total” na região, que teria potencial para desestabilizar ainda mais o Oriente Médio, já abalado com a guerra na Faixa de Gaza. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quarta ser possível que haja uma guerra total, mas que também dá para a evitar.
“Uma guerra total é possível, mas eu acho que há também uma oportunidade, e ainda estamos a tempo de ter um acordo que fundamentalmente pode mudar toda a região”, disse Biden, durante uma entrevista à rede de TV norte-americana “ABC”.
Biden já havia falado em discurso à Assembleia Geral da ONU na terça que “uma guerra total (entre Israel e Hezbollah) não interessa a ninguém”.

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