17 de novembro de 2024

Polícia investiga mais um caso de estupro dentro de moradia estudantil da USP; suspeito é morador do conjunto residencial

O crime ocorreu em maio deste ano e os processos administrativo e criminal ainda não foram concluídos. Vítima tem medida protetiva contra autor, mas relata que moram no mesmo local. Esta é a terceira denúncia de tentativa ou estupro na universidade divulgada neste mês. Foto de arquivo da fachada do Conjunto Residencial da USP (Crusp) na Cidade Universitária, Zona Oeste de São Paulo
Marcos Santos/USP Imagens
A Polícia Civil investiga mais um caso de estupro contra uma aluna dentro da moradia estudantil da Universidade de São Paulo. O crime ocorreu em maio deste ano, e o suspeito é um aluno e morador do Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo (Crusp).
“A investigação está em andamento pela 3ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). A autoridade policial requisitou medida protetiva à vítima, que foi concedida pela Justiça. O investigado foi ouvido e outras diligências são realizadas para a conclusão do caso.”, explicou a Secretaria de Segurança Pública (SSP) em nota.
O caso de estupro foi publicado primeiramente pelo jornal “Folha de S.Paulo” e confirmado pelo g1 e pela GloboNews.
A estudante relatou que o suspeito estaria vivendo no conjunto residencial, “a alguns metros do apartamento” da vítima.
No entanto, a USP enviou nota nesta quarta-feira (25) e afirmou que “não há relato de aproximação ou tentativa de abordagem”
“Por meio de sua equipe de assistentes sociais, a Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento, assim como tem feito desde o momento em que a aluna fez a denúncia, segue prestando todo o auxílio requerido pela estudante e monitorando com atenção o cumprimento da medida judicial, pontuando que respeita o direito à educação. Legalmente, ambos são alunos da USP e possuem esse direito até que os processos na esfera criminal e na esfera administrativa (no âmbito da Universidade) sejam concluídos.”
A universidade ainda afirmou que “zela pela proteção física e psíquica dos dois envolvidos”. Informou também que o processo administrativo está em andamento e “prevê o amplo direito de defesa e a apuração rigorosa” dos fatos.
Casos de violência contra mulheres
Esse é o terceiro caso de violência contra mulheres que ocorre nas dependências da universidade que vem a público neste mês de setembro.
Uma outra estudante, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), disse ter sido estuprada por um aluno da universidade também dentro Crusp.
O segundo caso foi uma tentativa de estupro e roubo que ocorreu contra uma estudante de 23 anos na Praça do Relógio e sendo investigado pela Polícia Civil. O autor do crime ainda não foi identificado, segundo a SSP.
Com relação a este caso, a universidade afirmou ao g1 e à GloboNews que “as providências adotadas foram reforço da iluminação e está sendo feita a poda das árvores. Também foi ampliado o efetivo de monitoramento da Guarda Universitária e da Polícia Militar no campus”.

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