1 de outubro de 2024

‘Morreram na hora’, diz tio de brasileira de 16 anos morta em ataque no Líbano junto com o pai

Vítima foi identificada à Globonews como Myrna Raef Nasser. Morre mais um brasileiro em ataques no Líbano
Uma brasileira de 16 anos morreu durante um bombardeiro no Líbano. A vítima foi identificada à Globonews como Myrna Raef Nasser pelo tio dela, que mora em Balneário Camboriú, cidade do Litoral Norte de Santa Catarina. O Itamaraty ainda não se manifestou sobre o caso.
Ele relatou que a família estava em uma região alvo dos ataques no Norte do país. Disse ainda que Myrna nasceu em Balneário Camboriú e foi se mudou para o Líbano com 1 ano e 2 meses com o pai, que também morreu no ataque. A jovem vivia com a mãe, o pai e dois irmãos.
Conforme o relato, a adolescente e os familiares haviam deixado a casa onde moram, por conta dos ataques, mas precisaram voltar para recolher algumas roupas e materiais escolares. Mas, quando chegaram ao local, acabaram sendo atingidos.
“Faz tempo que a guerra está lá, mas naquela cidade não tinha perigo. Começou um dia antes, aquele menino que morreu era nosso vizinho no Líbano. Ligaram para gente, converso muito com os pais dele. Chamei meu irmão, o pai da Myrna, chamei ele para falar com ele, mas ele não respondeu. Depois chamei de novo e ele não respondeu. Depois ligou outro irmão meu, falando que atacaram a casa do irmão. (…) Ele tava na cidade, na casa do sogro dele, e foi embora de lá, porque a casa dele é muito afastada. Foi ela e o pai dela buscar roupa e coisas da escola que eles tinham comprado porque iria começar a escola. Eles foram chegaram lá, que foi quando aconteceu o ataque e morreram na hora, ficaram nos escombros até o outro dia e não conseguiram tirar porque os aviões atacavam”, relatou Ali Bu Khaled, ao Estúdio I.
Ali conta que o irmão, pai de Myrna, também morou no Brasil. Inicialmente moraram em Brasília e depois se mudaram para Balneário Camboriú, onde a adolescente nasceu.
“Esse ano estava conversando com ele, que ela era muito inteligente na escola e esse ano a gente ia trazer ela para conhecer, ela tem direito de vir para cá. Ele disse que depois que terminasse e a escola viria conhecer [Balneário Camboriú]. A gente fala, dói na gente, quando a gente vê na TV, no Brasil, que fala que atacou base militar e não tem nada disso, é tudo civil, posto de gasolina. Tudo o que aconteceu na minha cidade, cidades vizinhas, estão matando mulheres, crianças”.
Brasileira morta em bombardeiro no Líbano
GloboNews/Reprodução
*Esta reportagem está em atualização.
✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp
VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias

Mais Notícias