28 de setembro de 2024

Funcionários e cliente desmaiam dentro de tanque de combustível e são resgatados por bombeiros no Acre

Funcionário de empresa especializada fazia a limpeza do tanque quando passou mal, outros dois homens desmaiaram quando tentavam ajudar o primeiro a sair. Um bombeiro também teve problemas e precisou de socorro. Caso ocorreu em Cruzeiro do Sul. Homens passam mal dentro de tanque de combustível e precisam ser resgatados por bombeiros
Funcionários de uma empresa terceirizada e um cliente de um posto de combustíveis de Cruzeiro do Sul, interior do Acre, desmaiaram dentro de um dos tanques e tiveram que ser resgatados pelo Corpo de Bombeiros na manhã desta quinta-feira (26). Durante a operação, um sargento também passou mal e foi encaminhado para o hospital da cidade.
As vítimas deram entrada no Hospital do Juruá conscientes e estão em observação. Já o bombeiro recebeu alta depois de algumas horas.
Conforme os bombeiros, o primeiro homem a descer no tanque de combustível trabalha para uma empresa especializada em manutenção de recipientes que armazenam combustível e fazia a limpeza do recipiente. Porém, ao inalar os gases por um tempo, ele desmaiou e ficou dentro do tanque.
Um cliente do estabelecimento percebeu a situação e também desceu para ajudar o trabalhador. Mas após ter contato com o combustível e também inalar os gases desmaiou. Um segundo funcionário da empresa resolveu ir até o fundo do tanque ajudar as vítimas e foi o terceiro a ficar inconsciente.
Nenhum dos três usava equipamentos de proteção individual (EPIs) para se proteger do ambiente tóxico, segundo os bombeiros.
Outros funcionários do posto ligaram para o Corpo de Bombeiros e uma equipe que estava nas proximidades foi até o local. Em entrevista à Rede Amazônica Acre, o comandante do 4º Batalhão do Corpo de Bombeiros do Acre, Josadaque Cavalcante, disse que os militares levaram três minutos para chegar ao estabelecimento.
Cavalcante explicou que o abertura do tanque era muito estreita e os bombeiros tiveram dificuldades para retirar as vítimas.
“O bombeiro teve que se equipar com cilindro de respiração autônoma para não fazer contato com o combustível e se tornar mais uma vítima, então, dois bombeiros entraram, ficando cinco pessoas, e começaram a fazer as amarrações das vítimas e retirando de uma a uma. Fizemos os procedimentos de primeiros socorros para que pudessem voltar a respirar”, contou.
Equipe de resgate se encontrou com vítimas no Hospital do Juruá
Arquivo/4º Batalhão da PM-AC
Conforme o militar, o tempo de resposta ao atendimento foi crucial para que as vítimas fossem retiradas com vida de dentro do tanque de combustível. Enquanto a primeira equipe fazia o resgate dos homens, uma segunda viatura e a ambulância do batalhão eram enviadas para o estabelecimento para reforçar o trabalho de resgate.
“Do momento da saída dos militares até o posto de combustível as vítimas já estavam inconscientes inalando os vapores de combustível, um pouco mais de tempo seria o suficiente para que não voltassem a respirar. A resposta rápida foi crucial para que as equipes conseguem resgatadas todas as vítimas com vida.
O comandante destacou que o primeiro homem a descer no tanque ficou em uma situação mais grave e recebeu os primeiros socorros dentro da ambulância dos bombeiros. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) levou as demais vítimas para o hospital.
“Ele estava um pouco mais grave porque passou mais tempo inconsciente e ficou com a cabeça perto do combustível, inalou mais combustível e gases. Demorou um pouco mais de tempo para voltar a respirar. Recebeu os primeiros atendimentos dentro da nossa ambulância e durante todo trajeto foi recebendo oxigênio e quando chegou no hospital já estava respirando normalmente”, detalhou.
Cavalcante afirmou que os trabalhadores não estavam com o Equipamentos de Proteção Individual (EPI), o que não é recomendado.
“A gente sabe que é um ambiente confinado com gases e se a pessoa tiver sem o equipamento de proteção individual vai ficar inconsciente porque a quantidade de oxigênio é muito baixo e o de gases de combustível muito alto. Orientamos a evitarem entrar nesses ambientes sem o equipamento adequado”, concluiu.
Colaborou o repórter Mazinho Rogério, da Rede Amazônica Acre.
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