2 de outubro de 2024

FDA aprova medicamento com novo mecanismo de ação para tratar esquizofrenia

Medicamento tem como alvo uma área diferente do cérebro em relação aos medicamentos tradicionais já usados no tratamento da doença. Cobenfy – medicamento para tratar esquizofrenia
Bristol Myers Squibb
A Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) aprovou nesta quinta-feira (26) um novo medicamento para esquizofrenia, que promete revolucionar o cuidado com a doença. O Cobenfy tem como alvo uma área diferente do cérebro em relação aos medicamentos tradicionais já usados.
Segundo Tiffany Farchione, diretora da divisão de psiquiatria do FDA, o Cobenfy adota uma nova abordagem para o tratamento da doença em décadas, oferecendo uma opção alternativa para os pacientes que não respondem bem às terapias convencionais.
Os tratamentos atuais são baseados na dopamina e, embora eficazes, podem causar uma série de efeitos colaterais debilitantes, que levam à interrupção da medicação.
Estudos feitos com o Cobenfy, que explora uma nova área do cérebro (receptores colinérgicos), apontaram que o medicamento melhora significativamente os sintomas psicóticos em apenas cinco semanas. Além disso, ele evitou determinados efeitos, como ganho de peso excessivo e sintomas extrapiramidais (movimentos involuntários).
Entre os efeitos colaterais relatados estão: retenção urinária, aumento da frequência cardíaca e problemas gastrointestinais, como náusea e constipação. O medicamento não é indicado para pacientes com comprometimentos renais ou hepáticos graves.
A esquizofrenia é uma das 15 principais causas de incapacidade em todo o mundo. Ela pode causar sintomas psicóticos, incluindo alucinações, dificuldade em controlar os pensamentos e desconfianças. Segundo a FDA, indivíduos com a doença corre maior risco de morrer em idade mais jovem e cerca de 5% morrem por suicídio.
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