28 de setembro de 2024

Justiça decreta prisão de ex-marido denunciado por mulher em hospital antes de morrer em Barueri, na Grande SP

Vítima e o atual companheiro também morto foram emboscados com facadas em Barueri, na Grande São Paulo, e não resistiram. Criminoso fugiu. Leandro Antunes (esquerda) e Patrícia da Silva Araújo (direita) foram mortos pelo ex-marido dela
Reprodução
A Justiça de São Paulo decretou nesta sexta-feira (27) a prisão temporária de Dionísio Fernando Pinto da Silva, o ex-marido da mulher que foi esfaqueada e morta na madrugada de quinta-feira (26), na Avenida Giovani Atílio Tolaini, Vila do Conde, em Barueri, na Grande São Paulo.
As polícias de São Paulo e do Rio de Janeiro, estado de nascimento do suspeito, trabalham juntas tentar encontrar o homem, que tem 45 anos.
Dionísio é acusado de feminicídio e homicídio qualificado por motivo fútil e sem possibilidade de defesa da vítima. Segundo a polícia, ele já havia sido preso em flagrante no Rio de Janeiro, em 2003, por roubo, tendo sido condenado. Em São Paulo, não tinha ficha criminal.
Homem que matou casal em Barueri está foragido
Câmeras de segurança de um bar na Vila do Conde registraram os últimos momentos de vida de Patrícia da Silva Araújo, de 47 anos, e do atual companheiro dela, Leandro Antunes, de 44. A imagem é da noite de quarta-feira.
Mais tarde, na madrugada de quinta, o casal foi atacado por Dionísio com uma faca. Leandro não resistiu ao ataque. Patrícia foi levada para o hospital, mas também não resistiu. Antes de morrer, ela contou para os guardas e para a equipe médica quem foi o agressor.
“A Patrícia estava consciente quando a equipe chegou lá e ela pode verbalizar, inclusive, quem seria o autor do crime, que seria um ex-companheiro dela, com quem manteve relacionamento, e que já estava separada há alguns meses”, explicou a delegada do caso, Carolina Nascimento Silva Aguiar.
Segundo testemunhas, Patrícia e Dionísio estavam separados havia cerca de quatro meses, mas ainda moravam na mesma casa. Dois meses atrás, ela enviou um áudio a uma amiga pedindo ajuda para sair de casa porque estava com medo.
“Ficar lá, uns 30 dias na sua casa, até o homem de casa ir embora, entendeu? Porque não está dando certo, cara. Não está dando certo mesmo. Eu não confio dormir na mesma casa que ele, entendeu? Não confio dormir lá na mesma casa que ele.”
O acusado também enviou um áudio, tentando justificar o crime.
“Já não basta me trair, já não bastou me humilhar, já não basta me destruir, já não bastou bater, me oprimir. Tudo que ela bem-quis, entendeu? Então, cara, ela procurou, cara. E que Deus tem a alma dela em um bom lugar.”
Patrícia e Leandro foram enterrados nesta sexta no Cemitério Municipal de Barueri. Familiares e amigos de Leandro disseram que o caminhoneiro era uma pessoa calma e bastante dedicada ao trabalho.

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