29 de setembro de 2024

Bombardeio israelense no Líbano mata o chefe do grupo extremista Hezbollah

Comunicado diz que além de Nasrallah, também foi morto Ali Karaki, responsável pelas tropas do Hezbollah no sul do Líbano, e outros comandantes do Hezbollah. Segundo as forças de Israel, caças israelenses fizeram um ataque direcionado contra o quartel-general que ficava no subsolo de um edifício residencial no sul de Beirute. Bombardeio de Israel mata chefe do Hezbollah no Líbano
O conflito no Oriente Médio alcançou o nível máximo de tensão, com a confirmação da morte do chefe do grupo extremista Hezbollah, no Líbano. Hassan Nasrallah morreu num bombardeio israelense nesta sexta-feira (27), em Beirute.
A morte foi confirmada pelas forças de defesa de Israel pela manhã. O comunicado diz que além de Nasrallah, também foi morto Ali Karaki, responsável pelas tropas do Hezbollah no sul do Líbano, e outros comandantes do Hezbollah.
Entenda o impacto da morte do chefe do Hezbollah por Israel para a guerra no Oriente Médio
Ataque arrasta guerra para conflito mais sério, dizem analistas
Segundo as forças de Israel, caças israelenses fizeram um ataque direcionado contra o quartel-general do Hezbollah, que ficava no subsolo de um edifício residencial, em Dahieh, no sul de Beirute.
O chefe das forças israelenses afirmou: vamos encontrar qualquer um que tente ameaçar Israel.
Os militares israelenses afirmaram, nas redes sociais, que eliminaram quase toda a cadeia de comando do Hezbollah. Segundo eles, 9 dos 10 principais nomes do grupo.
O bombardeio, desta sexta-feira (27), que matou Hassan Nasrallah foi um dos maiores de Israel contra a capital do Líbano.
De acordo com o Ministério da Saúde libanês, ao menos quatro prédios ficaram totalmente destruídos. 11 pessoas morreram e mais de 100 se feriram. Mas o número pode ser maior, porque ainda há vítimas debaixo dos escombros.
Horas mais tarde, o Hezbollah confirmou a morte de Hassan Nasrallah. O comunicado, transmitido por canal de TV do grupo extremista, afirma que o Hezbollah vai continuar a luta armada contra o inimigo. E que vai continuar defendendo os aliados palestinos na Faixa de Gaza.
Em países árabes, cidadãos reagiram à morte de Nasrallah. Em Bagdá, no Iraque, Falah disse: “isso não vai colocar um fim à guerra”.
O grupo terrorista Hamas e os rebeldes houthis, que atuam no Iêmen, lamentaram a morte do aliado libanês. Os grupos são aliados do Irã.
O líder supremo do regime iraniano, Ali Khamenei, afirmou em comunicado que o Líbano vai fazer Israel se arrepender. E pediu que todos os muçulmanos se levantem, com todos os recursos, em apoio ao Líbano e ao Hezbollah – e contra Israel.
Depois do anúncio da morte de Hassan Nasrallah, a troca de ataques continuou. Israel bombardeou áreas no vale do Beca e em Beirute.
Um dos bombardeios atingiu um local a 500 metros do aeroporto da capital do Líbano, que continua funcionando.
Já o Hezbollah disparou dezenas de foguetes contra o território israelense. A maior parte foi interceptada.
As forças armadas de Israel convocaram neste sábado (28) mais três batalhões de reservistas para a fronteira norte do país. Nesta semana, as forças israelenses já haviam dito que estavam se preparando para uma possível invasão por terra ao sul do Líbano.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez um pronunciamento neste sábado (28) depois de voltar ao país. Ele estava em Nova Iorque participando da Assembleia Geral da ONU, de onde autorizou o ataque a Beirute.
Netanyahu disse que a eliminação de Nasrallah é um passo necessário para a mudança do equilíbrio de poder no Oriente Médio e que Israel não terminou seu trabalho.
Parentes de reféns israelenses mantidos em cativeiro na Faixa de Gaza protestaram neste sábado (28) em Tel Aviv.
Naama, prima de um refém morto, diz que o líder israelense tenta tirar o foco do acordo para libertar os reféns ao redirecionar a atenção para a fronteira norte.
O governo do Líbano fez uma reunião de emergência neste sábado (28) à tarde. O primeiro-ministro do país, Najib Mikati, disse que o país está enfrentando a ameaça do perigo. Ele condenou o ataque israelense que matou o chefe do Hezbollah. E declarou três dias de luto oficial pela morte de Hassan Nasrallah.

Mais Notícias