29 de setembro de 2024

Idoso de BH cai em golpe e perde mais de R$ 1 milhão

A cada dez minutos, um idoso cai em algum tipo de golpe no país. As instituições financeiras reforçaram que nunca solicitam dados ou a senha de clientes por mensagem ou ligação telefônica. No caso de o cliente ter sido vítima de algum crime, ele deve notificar imediatamente seu banco. Idoso de Belo Horizonte cai em golpe e perde mais de 1 milhão de reais
Os idosos estão entre as principais vítimas de golpes bancários, com as falsas centrais telefônicas.
Pouco mais de R$1,4 milhão sumiram de contas de dois bancos diferentes de um idoso, de 71 anos, depois que ele atendeu a uma ligação.
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“A pessoa se passou como da Central de Risco do banco e foi me induzindo a falar. Disse que havia sido colocado um outro aparelho da minha conta E que eu não tinha acesso a todas as transações que que estavam sendo feitas”, diz o idoso.
Na mesma ligação, a golpista afirmou que também era representante do outro banco do idoso.
”Essa falsária me induziu falando que também o outro banco havia sido hackeado”, acrescenta.
A família do idoso está em contato com os dois bancos.
As instituições financeiras reforçaram que nunca solicitam dados ou senhas de clientes por mensagem ou ligação telefônica.
A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) afirmou que têm investido constantemente e de maneira massiva em campanhas de conscientização e que os bancos investem cerca de R$ 4 bilhões por ano em sistemas de tecnologia da informação (TI) voltados para segurança.
Golpes bancários se enquadram na chamada violência patrimonial contra os idosos. Neste ano, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania já registrou mais de 36 mil denúncias em todo o país. A média de um caso a cada dez minutos. Um o aumento é de quase 8% em relação ao mesmo período do ano passado.
São Paulo, Rio de Janeiro e Minas são os estados com mais registros.
“Um cuidado com as pessoas idosas em relação a quem compartilha seus dados pessoais, principalmente seus dados bancários. Observar, vez ou outra, para quem tem algum dinheiro guardado, como é que está essa movimentação”, afirma Alexandre da Silva, secretário Nacional dos Direitos Humanos e da Cidadania.
O promotor Mauro Ellovitch, que coordena o grupo de atuação especial de combate aos crimes cibernéticos, afirma que é preciso desconfiar sempre.
“A maioria desses crimes não são baseados num software muito moderno, num vírus muito elaborado. São mais na exploração da fragilidade das pessoas. Não passe dados, não faça operações, não transfira dinheiro diretamente quando você receber o contato. Desligue, procure o canal oficial do banco, da instituição pública, ou telefone do parente real e lide diretamente com a sua ligação, não com a ligação que você recebeu”, afirma o promotor de justiça Mauro Ellovitch.

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