29 de setembro de 2024

Incêndios já devastaram mais da metade da Ilha do Bananal, no Tocantins

Fogo mata animais e ameaça aldeias indígenas. A maioria dos rios e lagos secou. Para o Ibama, há fortes indícios de que a origem dos focos seja criminosa. A Polícia Federal vai investigar os incêndios. Incêndios devastam mais da metade da Ilha do Bananal (TO)
Os incêndios já devastaram mais da metade da Ilha do Bananal, no Tocantins.
Onde brigadistas não conseguem entrar, um avião da Força Aérea Brasileira lança água. São 12 mil litros a cada voo.
Metade da Ilha do Bananal, quase um milhão de hectares, já foi devastada. A maioria dos rios e lagos secou.
Um homem conta quatro vacas mortas. Animais silvestres são vistos por todos os lados, correndo em busca de ajuda.
“O que resta para eles são simplesmente as cinzas. O animal está queimado. Não sabe para onde vai”, diz um homem.
A região da Mata do Mamão, dentro da ilha, que era uma importante reserva úmida da biosfera, praticamente acabou. 95% da área foi queimada. Equipes do Ibama, ICMBio e Funai, tentam salvar os cinco mil hectares restantes. Brigadistas também tentam impedir o avanço das chamas onde vivem indígenas, no sul da ilha.
“Muita mata fechada. Isso é uma preocupação porque dificulta a entrada de carros, de caminhões pipa para fazer esse combate ao fogo”, diz Rafaella Karajá, chefe coordenadora técnica de São Félix do Araguaia – Funai.
Para o Ibama, há fortes indícios de que a origem dos focos seja criminosa. A Polícia Federal vai investigar os incêndios.
“O desafio é enfrentar os criminosos que estão na ilha e que acabam utilizando fogo com diversas intenções”, diz Leandro Milhomem, superintendente do Ibama-TO.

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