2 de outubro de 2024

Antes de levar tiro de delegada por tentar impedir testemunha, pai suspeito de estupro tentou tirar a filha de delegacia à força, diz polícia

Homem foi impedido por policial e outras testemunhas. Tiro o atingiu na perna e ele está internado sob custódia da polícia. Delegada Aline Lopes, titular da DPCA de Anápolis, Goiás
Reprodução/Redes Sociais
O pai suspeito de estuprar a filha de 14 anos tentou tirar menina da delegacia à força durante depoimento, de acordo com a Polícia Civil. No mesmo dia, o homem levou um tiro da delegada Aline Lopes por tentar impedir testemunha de buscar documentos para fazer a denúncia.
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O caso aconteceu em Anápolis, a 55km de Goiânia, na sexta-feira (27). O homem não teve o nome divulgado. O g1 não localizou a defesa dele até a última atualização desta reportagem.
A delegada Aline Lopes contou que a denúncia de abuso sexual estava sendo registrada pelo Conselho Tutelar na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
No local, estavam a adolescente, a mãe dela e uma testemunha. Enquanto o registro estava sendo feito, o pai da menina tentou arrastar a adolescente do local e tirá-la de lá à força, informou a delegada.
“O pai invadiu a delegacia e tentou arrastar a menina para fora, tentou tirar ela à força de lá. Havia um policial que, junto com outras pessoas, conseguiram tirar a menina dos braços dele e colocá-la numa sala”, relatou Aline.
A delegada contou ainda que o homem saiu e ficou na praça em frente à delegacia. Uma testemunha do caso precisou ir até o carro buscar documentos e, sabendo que o suspeito estava por perto, a Aline a acompanhou.
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Aline Lopes contou que, assim que viu a testemunha, o homem já foi em direção dela, mesmo com o alerta para que ele ficasse longe. A delegada atingiu a perna do suspeito para contê-lo.
“Ele continuou vindo na nossa direção. Quando ele chegou bem próximo de nós, ele falou para eu atirar nele, seguindo na direção da testemunha. Depois de muito verbalizar, efetuei um disparo na região da perna dele para fazer com que ele não agredisse nem a mim e nem a ela. O socorro foi acionado e a Corregedoria da Polícia Civil também”, relatou a delegada.
Polícia Civil – Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente – DPCA em Anápolis, Goiás
Polícia Civil/Divulgação
A delegada explicou que a ação se deu por legítima defesa. “Legítima defesa é impedir que a agressão continue e que ela cesse. Aquele tiro foi o suficiente para que ele não conseguisse o que estava querendo, que era agredir a testemunha, mesmo após diversas advertências”, afirmou.
De acordo com Aline Lopes, o homem foi autuado em flagrante por coação no curso do processo, uma vez que a intenção dele era impedir que a filha o denunciasse e passasse por exames. Ele foi encaminhado para o hospital, onde está sendo custodiado, e após ter alta, será preso, informou a delegada.
Estupro
Sobre o caso de estupro, a investigadora relata que ainda não tem detalhes sobre a situação. O que a polícia sabe, até o momento, é que a mãe e a adolescente têm problemas mentais e que a menina teria relatado para uma vizinha o que o pai fazia com ela.
A delegada informou que a polícia vai apurar o caso e o que motivou o homem a querer impedir que a polícia apurasse o caso. Ele será investigado pelo crime de estupro de vulnerável.
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