30 de setembro de 2024

Acre chega a mais de 500 novos doadores de medula óssea em 2024

No 1º semestre de 2023, apenas um novo doador foi cadastrado no banco de dados do Redome. No mesmo período este ano, 511 novas pessoas se tornaram doadores voluntários de medula óssea. Aumento expressivo foi registrado pelo Ministério da Saúde. REDOME – Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea
Reprodução/TV Globo
O Acre registrou um aumento expressivo no número de doadores voluntários de medula óssea em um ano. Isto é o que aponta os dados do Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), divulgados na última quarta-feira (25) pelo Ministério da Saúde. Segundo o órgão, houve um salto de 1 doador em 2023 para 511 doadores no mesmo período este ano.
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Em todo o Brasil, 74.677 novos cadastros foram adicionados no Redome, o que representa um aumento de mais de 16 mil doadores em relação ao ano anterior, quando o total era de 58.308 pessoas. Para a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a doação é um ato de solidariedade e esperança.
“Ao fortalecer o cadastro de doadores, o SUS amplia suas possibilidades de oferecer um tratamento eficaz e gratuito a quem precisa, garantindo acesso à saúde de qualidade para todos. A colaboração da população nesse processo é essencial, pois cada doador registrado pode ser a cura para muitos, contribuindo para a equidade no acesso aos cuidados de saúde no país”, disse ela.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), vinculado ao Ministério da Saúde, para a maioria dos pacientes, os doadores não-aparentados do Redome são a única alternativa, pois entre irmãos, a chance de compatibilidade é de cerca de 25%. A probabilidade é ainda maior quando as duas partes envolvidas são do mesmo país. Aqueles pacientes que não têm um doador no Brasil podem buscar possibilidades em registros internacionais.
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Para se cadastrar no Redome, é necessário retirar uma pequena quantidade de sangue para que seja testado
Science Photo Library
De acordo com o MS, atualmente, 65 a 70% dos pacientes que realizam transplante de medula óssea não-aparentado utilizam doações brasileiras, o que comprova os bons resultados do Redome, que é o terceiro maior registro de doadores do mundo, com 5,7 milhões de cadastrados ao longo de 30 anos.
Como se cadastrar no Redome?
O cadastro de doadores pode ser feito por pessoas entre 18 e 35 anos. Basta ir a um hemocentro e retirar uma pequena amostra de sangue. O material é analisado para identificar as características genéticas que vão ser cruzadas com os dados de pacientes que necessitam de transplantes, para determinar a compatibilidade.
Para facilitar o processo, o Redome desenvolveu um aplicativo que disponibiliza informações e permite a realização de um pré-cadastro, além de acompanhar as diversas etapas do registro, conforme disponibilidade do hemocentro.
O aplicativo viabiliza, ainda, a geração da carteirinha e da declaração de cadastro. Outra função essencial é possibilidade da atualização dos dados cadastrais do doador, o que é fundamental para garantir o sucesso na localização dos doadores compatíveis selecionados.
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VÍDEOS: g1

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