Operação Voto Limpo é desdobramento de investigações que se iniciaram em abril, na eleição suplementar do município. Policial federal encontra celular dentro de travesseiro durante operação Voto Limpo em Alto Alegre em 2024
PF/Divulgação
A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira (30) operação para desarticular um esquema criminoso de compra de votos em Alto Alegre, ao Norte de Roraima. Batizada de operação “Voto Limpo”, a ação cumpre sete mandados de busca e apreensão e o afastamento de um servidor público da região.
A operação desta segunda é desdobramento de investigações da PF sobre uma pessoa que foi presa com um celular e R$ 964 no dia 28 de abril, dia em que ocorria a eleição suplementar para escolha do novo prefeito de Alto Alegre. Este novo pleito foi realizado porque o prefeito à época havia sido cassado.
Durante as investigações do caso, segundo a PF, os materiais apreendidos foram analisados e “a partir daí foi identificado um suposto esquema de compra de votos que contava, inclusive, com a participação de agentes públicos”, detalhou a PF.
Para a operação “Voto Limpo”, a Justiça também determinou o bloqueio de valores em espécie superiores a R$ 3 mil. A PF também investiga se o mesmo esquema criminoso da época da eleição suplementar também segue agora nas Eleições Municipais de 2024.
Além da ação do dia 28 de abril, quatro dias antes, a PF apreendeu R$ 50 mil em um carro onde estava o senador Mecias de Jesus (Republicanos). À época, o senador disse que não havia “nenhuma conclusão final de investigação que aponte tal destino. Tampouco é ilegal que uma pessoa tenha dinheiro em espécie. Todos os esclarecimentos já foram prestados para as autoridades”.
Imagens que circularam nas redes sociais no dia do flagrante registraram o senador parado em meio a movimentação dos agentes da PF. Os vídeos mostraram ainda um homem sendo revistado pelos policiais.
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