11 de janeiro de 2025

Corregedoria da Secretaria de Segurança abre inquérito para demitir delegados envolvidos no caso Marielle

Além dos delegados Rivaldo Barbosa, preso no domingo (24), e Giniton Lages, o comissário Marco Antônio de Barros Pinto também foi afastado das funções e é investigado. Rivaldo Barbosa, preso na investigação da morte de Marielle, em imagem de abril de 2018
Fábio Motta/Estadão Conteúdo
A Corregedoria Geral Unificada (CGU) da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro abriu processo nesta segunda-feira (25) para demitir os delegados Rivaldo Barbosa, apontado pela Polícia Federal como mentor do assassinato de Marielle Franco, e Giniton Lages, além do comissário Marco Antônio de Barros Pinto, investigados por obstrução do caso.
A corregedoria pediu acesso integral ao inquérito da Polícia Federal que apurou as mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Todos já haviam sido afastados por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Rivaldo Barbosa tomou posse como chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro um dia antes da execução da vereadora. A investigação diz ainda que a morte de Marielle teve como mandantes os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, que também foram presos no domingo (24).
A Polícia Federal concluiu que Rivaldo tinha uma “relação indevida” com os mandantes antes do crime e que, mesmo não tendo idealizado, foi responsável por ter o controle do processo de execução, com a imposição de condições e exigências.
O advogado de Rivaldo Barbosa, Alexandre Dumans, disse que seu cliente não obstruiu as investigações das mortes de Marielle e Anderson. “Ao contrário. Foi exatamente durante a administração dele que o Ronnie Lessa foi preso”, afirmou.
Um dia depois do crime, Barbosa afirmou que a morte de Marielle era um “atentado contra a democracia.
Além dos mandados de prisão contra Rivaldo e os irmãos Brazão, o STF também expediu mandados de busca e apreensão contra o delegado Giniton Lages, primeiro encarregado do caso. Ele e o comissário Marco Antônio de Barros Pinto, que também atuava na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) são apontados pelas investigações como tendo ajudado a acobertar o crime.

Mais Notícias