A cidade de Óbidos lidera o ranking de casos de Zika, enquanto Santarém, a maior cidade da região, aparece em segundo lugar com 125 casos Dengue no Pará
Divulgação
As cidades da região do Baixo Amazonas, no Pará, enfrentam um aumento nos casos de Zika, Dengue e Chikungunya este ano, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). As estatísticas revelam um crescimento significativo das três arboviroses, colocando em alerta as autoridades de saúde pública e a população.
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Zika
A cidade de Óbidos, oeste do Pará, lidera o ranking de casos de Zika. Só este ano já foram registrados 202 casos no município, um aumento expressivo em comparação com os dados do ano passado, quando a cidade não teve nenhum caso.
Santarém, a maior cidade da região, aparece em segundo lugar com 125 casos, apresentando um crescimento de 190,7% em relação ao ano anterior. O aumento mais notável, no entanto, foi em cidades como Belterra e Juruti, que não registraram casos no ano passado, mas tiveram 19 e 9 casos, respectivamente, em 2024.
Em termos gerais, a região sofreu um aumento acentuado na incidência de Zika, com algumas cidades como Óbidos e Belterra vendo pela primeira vez uma disseminação significativa da doença. Apesar disso, municípios menores, como Almeirim, Faro, Mojuí dos Campos e Terra Santa, permanecem sem registros de Zika nos dois últimos anos.
Dengue
A Dengue, por sua vez, apresentou um aumento ainda maior. Prainha ocupa a posição de maior foco da doença, com 1.293 casos registrados neste ano, um salto impressionante de 1.579% em relação ao ano anterior, quando houve apenas 77 casos. Santarém também sofreu uma explosão de casos, passando de 185 em 2023 para 1.266 em 2024, um aumento de mais de 584%.
O crescimento mais expressivo em termos percentuais ocorreu em Belterra, com um aumento de 5.050% nos casos de Dengue, subindo de apenas 16 casos em 2023 para 824 em 2024. Juruti e Alenquer também tiveram aumentos significativos, com altas de mais de 3.000% e 8.566,7%, respectivamente.
Chikungunya
Óbidos, mais uma vez, ocupa o primeiro lugar, agora em relação à Chikungunya, com 210 casos em 2024 — um aumento de 1.135,3% em relação aos 17 casos do ano anterior. Santarém aparece em segundo lugar com 183 casos, registrando um aumento de 205% em relação a 2023. Juruti também viu um aumento expressivo, saltando de 3 casos em 2023 para 145 em 2024.
Já as cidades Belterra e Prainha, que não haviam registrado casos no ano passado, também se destacam. Monte Alegre, por outro lado, foi uma das poucas cidades a ver uma redução no número de casos, passando de 2 para nenhum registro de Chikungunya em este ano
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