Segundo a direção do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Júlio Romão, o estoque de merenda para o mês de outubro ainda não foi repassado e a previsão é que a escola só funcione em meio período por mais uma semana. Procurada, a Semec não quis se pronunciar sobre o assunto. Creches estão sem merenda e mães reclamam que não têm com quem deixar filhos
Os alunos do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Júlio Romão, no bairro Gurupi, Zona Sudeste de Teresina, foram enviados para casa às 11h, na segunda-feira (30), porque não havia merenda escolar. A creche funciona em tempo integral e atende cerca de 300 crianças. Procurada, a Semec não quis se pronunciar sobre o assunto.
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Segundo a direção do CMEI, o estoque de merenda para o mês de outubro ainda não foi repassado pela Secretaria Municipal de Educação (Semec), que orientou a creche a abrir apenas durante a manhã e não explicou a falta do repasse.
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Até o momento, não há previsão de entrega e as diretoras afirmaram que a escola consegue funcionar, de forma parcial, por apenas mais uma semana. As crianças que estudam no local entram às 7h e deveriam sair somente às 16h, com direito a quatro refeições diárias durante esse período.
“Também estamos tristes, enquanto gestão da escola, com esse momento delicado. Entramos em contato com a Semec, que nos orientou a consultar o estoque e manter as aulas conforme a quantidade de comida. Fica inviável manter essas crianças sem alimentação, seria irresponsabilidade”, disse a diretora Francisca Sereja.
Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Júlio Romão, em Teresina
Prefeitura de Teresina
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A diretora adjunta Janine Melo apontou que, geralmente, a merenda escolar é repassada pela Semec uma semana antes do início de cada mês. No entanto, o estoque ainda não chegou e, por isso, a direção pediu aos pais que busquem seus filhos durante a manhã.
Pais lamentam situação
A TV Clube visitou a escola na tarde de segunda e confirmou que não houve aula. No local, os pais que foram recolher as crianças lamentaram a situação e destacaram que a creche é o único lugar em que a maioria deles pode deixar seus filhos enquanto trabalham.
“Não tenho rede de apoio, então foi um susto para mim. Preciso do colégio integral para deixar meu filho, e agora tenho que sair do trabalho para buscá-lo. Como é que a gente vai se virar dessa forma? Fica difícil”, lamenbtou uma mãe.
Outro pai afirmou que o novo horário de saída – 11h – coincide com o horário em que a esposa, quem geralmente pega a criança, sai do trabalho. Ele avalia pagar outra pessoa para buscá-la.
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