7 de outubro de 2024

Israel diz que ataque iraniano falhou e promete resposta; Irã ameaça com ‘grande destruição’

Premiê israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que Irã cometeu ‘grande erro’ e vai pagar pela ação. Representantes iranianos falam em ação ‘esmagadora’ em caso de contra-ataque. Benjamin Netanyahu discursa na ONU em 27 de setembro de 2024
Reuters/Eduardo Munoz
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o ataque iraniano desta terça-feira (1º) contra Israel falhou. As autoridades também prometeram uma resposta “surpresa” e “precisa”. Já o Irã argumentou que qualquer contra-ataque resultará em uma “grande destruição” para Israel.
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O Irã disparou cerca de 200 mísseis balísticos contra Israel, nesta terça-feira. O país anunciou que estava coordenando uma resposta aos assassinatos dos chefes do Hamas e do Hezbollah, que morreram em bombardeios israelenses.
Logo após o ataque, Benjamin Netanyahu disse que o Irã tinha cometido “um grande erro” e que iria “pagar” pelo ataque.
“O regime do Irã não entende nossa determinação de nos defender e nossa determinação de retaliar nossos inimigos”, afirmou.
As autoridades israelenses também prometeram um contra-ataque que irá provar as capacidades do país de “surpresa” e precisão”.
A missão do Irã da ONU disse que, se Israel ousar atacar o território iraniano, uma resposta “subsequente e esmagadora” seria desencadeada.
Além disso, a mídia estatal iraniana afirmou que qualquer resposta de Israel resultaria em um “grande ataque” contra as infraestruturas israelenses.
O ataque
Uma ação do Irã contra Israel era aguardada desde o fim de julho, quando Ismail Haniyeh, então chefe do Hamas, foi assassinado na capital do Irã, Teerã. O governo iraniano responsabilizou as autoridades israelenses pela morte de Haniyeh e disse que a operação representava uma violação da soberania do país.
Nos últimos dias, o Irã voltou a prometer uma resposta à Israel pelas mortes de Hassan Nasrallah, chefe do grupo extremista Hezbollah, e de Abbas Nilforoushan, membro da cúpula da Guarda Revolucionária do Irã. Ambos foram mortos em bombardeios israelenses em Beirute, no Líbano.
O Irã é um importante aliado do Hezbollah, que é considerado grupo terrorista por Estados Unidos e Israel. O Hezbollah tem atuação política no Líbano, com forte influência armada na região de fronteira com Israel.
Na noite desta terça-feira, pelo horário local, mísseis iranianos cruzaram os céus de Tel Aviv e Jerusalém. As autoridades israelenses afirmaram que grande parte dos artefatos foi abatida. Além disso, o sistema de defesa Domo de Ferro operou para interceptar as ameaças iranianas.
Diante do ataque, os militares israelenses emitiram uma ordem para que a população procurasse por abrigos e bunkers. Sirenes de aviso tocaram por todo o país. O espaço aéreo também foi fechado.
Cerca de 20 minutos após uma primeira onda de mísseis, uma segunda leva de artefatos foi lançada, segundo a agência estatal iraniana.
A agência de notícias estatal iraniana Irna afirmou que alguns mísseis atingiram locais controlados por Israel na Cisjordânia.
O chefe do Conselho de Segurança dos Estados Unidos, Jake Sullivan, afirmou que o ataque iraniano não atingiu nenhuma infraestrutura estratégica de Israel. Além disso, não há relatos de mortes.
O governo do Irã disse que, após o envio de mísseis, o aiatolá Ali Khamenei — autoridade máxima do Irã — foi colocado em um local protegido e a salvo.
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