29 de dezembro de 2024

Suspeito de atropelar idoso que caiu na rua após passar mal em Curitiba é identificado e diz que não percebeu atropelamento

Empresário de 49 anos confirmou que dirigia o carro no momento do atropelamento e disse que não viu vítima caída. Ele foi ouvido e liberado. Advogado diz que motorista está à disposição das autoridades. Idoso passa mal, cai no meio da rua e é atropelado em Curitiba
O motorista do carro que atropelou o idoso Edmundo Goralewski, de 89 anos, em Curitiba foi identificado no fim da tarde de segunda-feira (30) como sendo um empresário de 49 anos, segundo a Polícia Civil do Paraná. O nome do motorista não foi divulgado.
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Conforme o delegado Edgar Santana, responsável pelas investigações, o suspeito foi interrogado na manhã desta terça-feira (1º), confirmou que dirigia o carro, disse que não viu a vítima caída na pista e que não parou no local por não perceber que tinha atropelado uma pessoa. Após o depoimento, ele foi liberado.
Por meio de nota o advogado João Rafael de Oliveira, responsável pela defesa do motorista, lamentou a morte do idoso e disse que o motorista “prestou os esclarecimentos à autoridade policial, está contribuindo para apuração dos fatos e se encontra à disposição da Justiça”.
O inquérito policial investiga o crime de homicídio culposo – quando não há a intenção, mas a morte ocorre por um descuido – com causa de aumento por omissão de socorro e por se afastar do local do acidente.
Edmundo Goralewski morreu após passar mal, cair na rua e ser atropelado na noite de sábado, na Rua Ubaldino do Amaral, no Centro da capital paranaense.
Câmeras de segurança registraram a situação. Nas imagens é possível observar o idoso se desequilibrando e caindo em uma das pistas. Vários veículos passam pelo local, desviam do homem e continuam trafegando pela via.
Dois minutos depois, às 23h11, um carro atropela a vítima e segue pela via. Um minuto depois, o motorista de outro veículo para próximo ao corpo e liga o pisca alerta. Assista ao vídeo acima.
Corpo de Edmundo Goralewski, de 89 anos, será velado e sepultado neste domingo (29).
Reprodução/Redes Sociais
Conforme o delegado, o carro – avaliado em cerca de R$ 300 mil – pertence ao suspeito, mas não está no nome dele porque ele havia adquirido recentemente. As investigações chegaram ao empresário após a placa do carro ter sido identificada.
Segundo Edgar Santana, as investigações continuam e a equipe policial aguarda o resultado de laudos periciais.
A certidão de óbito de Goralewski cita que a morte foi causada por “lesões cranioencefálicas, ação contundente e atropelamento”. Ele deixa a esposa e dois filhos.
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Motorista disse não ter percebido o atropelamento
De acordo com o delegado, o suspeito disse que só soube do atropelamento após ser intimado pela equipe policial a comparecer na delegacia para prestar esclarecimentos.
“Foi indagado a ele sobre o veículo ter levantado um pouco no momento em que passou por cima da vítima, ele alegou que não sentiu que tinha passado por cima da vítima”, disse Santana.
Conforme o delegado, o carro do suspeito está com uma avaria na parte da frente, possivelmente causada pelo atropelamento. Ele informou que o veículo foi apreendido e passará por perícia.
Carro que atropelou Edmundo Goralewski ficou com avarias
Aline Pavanelli/RPC
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Motoristas que ignoraram vítima também podem ser responsabilizados
Segundo Edgar Santana, os motoristas que passaram pelo local, ignoraram o idoso caído e não o socorreram também poderão ser responsabilizadas.
De acordo com o delegado, o atropelamento poderia ter sido evitado se Edmundo tivesse sido socorrido a tempo.
“O sinistro de trânsito foi causado simplesmente por uma falta de um ato de humanidade e solidariedade das pessoas que estavam transitando ali naquela localidade. Se uma pessoa tivesse parado no local e prestado assistência para a vítima, não teria ocorrido este desfecho trágico”.
“A Polícia Civil vai continuar com as diligências, buscando identificar as pessoas que transitaram ali naquela localidade. Precisamos checar também se elas visualizaram a vítima e, caso tenham visualizado e tendo a possibilidade de prestar socorro, sem sombra de dúvida elas se enquadram na omissão de socorro”, explicou.
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