3 de outubro de 2024

Caso Sophia: Justiça adia júri popular de mãe e padrasto pela morte da menina de 2 anos

Stephanie de Jesus e Christian Campoçano serão julgados em 27 e 28 de novembro deste ano, 20 dias depois do previsto inicialmente. Christian Campoçano e Sthepanie de Jesus sentados no banco dos réus.
Gabrielle Tavares
O julgamento de Stephanie de Jesus e Christian Campoçano pela morte de Sophia O’Campo tem nova data. A mãe e o padrasto da vítima agora enfrentarão júri popular em 27 e 28 de novembro, 20 dias depois do previsto inicialmente. Essa é a segunda vez que a data do julgamento é alterada.
Inicialmente os dois seriam julgados em março deste ano, mas as defesas entraram com apelações e o julgamento foi retirado de pauta. Na ocasião, os advogados da mãe e do padrasto da vítima alegaram que precisavam “melhorar a situação processual”, incluindo novos argumentos ao processo.
A nova mudança ocorre a pedido da promotora de Justiça Livia Carla Guadanhim Barianido que estará justamente nos dias 6 e 7 de novembro, data prevista para o júri, em Dourados para “escutas regionais”. Desta forma, o juiz Aluízio dos Santos Pereira atendeu à solicitação.
Os réus vão responder por homicídio empregado por maneira cruel e motivo fútil. Christian também responderá por estupro e Stephanie, por omissão.
Caso Sophia
Sophia morreu aos 2 anos.
Arquivo Pessoal/Reprodução
Sophia Jesus Ocampos, de 2 anos, morreu no dia 26 de janeiro de 2023. Ela foi levada já sem vida pela mãe à UPA do Bairro Coronel Antonino. Segundo o médico legista, o óbito havia ocorrido cerca de sete horas antes.
Em depoimento, a mãe confirmou que sabia que a menina estava morta quando procurou a unidade de saúde. O laudo de necropsia do corpo da menina, emitido pelo Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL), apontou que a causa da morte foi por traumatismo na coluna cervical e confirmou que Sophia foi estuprada.
Sophia morreu com dois anos em Campo Grande
Arquivo pessoal/ Reprodução
A declaração de óbito aponta que a causa da morte foi por um trauma na coluna cervical, que evoluiu para o acúmulo de sangue entre o pulmão e a parede torácica. O documento ainda diz que a menina sofreu “violência sexual não recente”.
As idas de Sophia à unidade de saúde eram frequentes. O prontuário médico da menina consta que ela passou por 30 atendimentos médicos em unidades de saúde da capital, uma delas por fraturar a tíbia.
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