3 de outubro de 2024

Ninhos de ave rara são descobertos na Lagoa da Tijuca, Zona Oeste do Rio

A ave aquática Biguatinga nunca havia sido observada fazendo ninhos no estado do RJ. De acordo com o biólogo Mario Moscatelli, a observação dos filhotes é um indício de que as ações de recuperação ambiental estão tendo impacto positivo na região. Ninhos de ave rara são descobertos na Lagoa da Tijuca, Zona Oeste do Rio
João Coelho/Manglares Consult.Amb.
Dois ninhos de uma ave rara do Complexo Lagunar da Barra da Tijuca e Jacarepaguá foram descobertos nesta terça (1º). A presença do animal foi notada pelo biólogo Mario Moscatelli desde o mês de setembro na Lagoa da Tijuca, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
De acordo com o biólogo, a espécie Anhinga anhinga, nome científico para a ave aquática Biguatinga, nunca havia sido observada fazendo ninhos no estado do Rio de Janeiro e que a observação dos filhotes é um indício de que as ações de recuperação ambiental, promovidas pela concessionária de saneamento Iguá, estão tendo impacto positivo na região e criando um ambiente mais propício para a fauna local.
“Esse tipo de aparição não significa apenas o retorno de uma espécie ameaçada, mas um prenúncio do que as condições ambientais em processo de recuperação irão produzir em termos de incremento da biodiversidade,” comenta Moscatelli.
De acordo com a concessionária, as iniciativas de recuperação ambiental como a dragagem e o plantio de mudas visam melhorar a qualidade da água e restaurar o habitat, o que contribui para o retorno de espécies ameaçadas de extinção e o aumento da biodiversidade no Complexo Lagunar.
“Estamos há cinco meses apenas com atividades de dragagem. Ainda há bastante trabalho pela frente, mas sabemos que são ações como as que estamos fazendo no Complexo Lagunar que contribuem para a volta da fauna”, explica Lucas Arrosti, diretor de Operações da Iguá Rio.
Além da dragagem, a concessionária afirma que realiza, desde 2022, o trabalho de recuperação das margens com plantio de mudas de espécies nativas e que em breve chegará ao número de 60 mil dos 240 mil plantios previstos.
De acordo com a Iguá Rio, a expectativa é que o complexo se torne um ambiente cada vez mais propício para a biodiversidade, contribuindo para o fortalecimento de espécies que exigem alta qualidade ambiental para sobreviver e se reproduzir.
“É, sem dúvida, um momento histórico nas décadas de degradação que a região foi palco com a perda significativa de sua outrora exuberante fauna”, afirma Moscatelli.
A ave aquática Biguatinga nunca havia sido observada fazendo ninhos no estado do RJ
João Coelho/Manglares Consult.Amb.

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