5 de outubro de 2024

PF investiga esquema de falsa escala de plantão médico que movimentou 3 milhões no AP 

Operação Jaleco Fantasma cumpriu 13 mandados de busca e apreensão na Zona Sul e Centro de Macapá, além do Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima (Hcal), nesta quinta-feira (3). Operação Jaleco Fantasma cumpriu 13 mandados de busca e apreensão
Polícia Federal/Divulgação
Uma operação realizada nesta quinta-feira (3) pela Polícia Federal (PF) em parceria com o Ministério Público Estadual do Amapá (MP-AP) investiga um esquema de falsa escala de plantões médicos que teria movimentado R$3.043.000,00 desde abril de 2022 no Estado.
Durante a ação, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão nos bairros da Universidade, Santa Rita, Cabralzinho, Beirol, Laguinho e Centro, além do Hospital de Clínicas Dr. Alberto LIma (Hcal), local apontado como onde ocorriam as fraudes. 
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) foi procurada pelo g1, mas até o fechamento desta matéria não havia respondido.
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Como funciona o esquema? 
PF investiga esquema de falsa escala de plantão médico que movimentou 3 milhões no AP
De acordo com a PF, para uma determinada área médica eram feitas duas escalas de plantões. Uma era publicada no site da secretaria e outra, ‘paralela’, não era publicada. 
A investigação apurou que, em ambas as escalas, os profissionais deveriam cumprir em média 24 plantões mensais de 12h cada. O que somando em pagamentos ao final de cada mês custava R$ 24 mil para os cofres públicos, já que por cada ‘dia’ de trabalho era pago cerca de R$ 1 mil reais. 
Segundo a polícia, ao invés desses servidores estarem prestando serviços médicos, de acordo com a escala prevista, eles estariam realizando atividades diversas, incluindo viagens ao exterior. Dessa forma, eles não compareciam aos plantões. 
A investigação destacou que esses médicos não cumpriam os horários regulares estabelecidos e publicados no site da secretaria. 
De acordo com a PF, o esquema ocorria desde abril de 2022, o que somando daria pelo menos R$ 3.043.000,00 pagos de forma indevida a esses profissionais.  Em razão disso, este valor em bens foi bloqueado judicialmente. 
Além disso, a Justiça determinou ainda o afastamento cautelar de dois servidores do cargo público.
Valores em dinheiro também foram apreendidos
Polícia Federal/Divulgação
Os investigados podem responder pelos crimes de peculato, falsificação ideológica de documento público e organização criminosa. Se condenados, as penas podem chegar a 25 anos de reclusão, mais pagamento de multa, além da perda do cargo público. 
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