Luiz Cláudio Venâncio Alves é policial militar da reserva e foi liberado após pagar fiança. Luiz Claudio Venâncio Alves, de 57 anos, foi liberado após pagar fiança na Delegacia Sede de Guarujá (SP)
Redes sociais e Alexsander Ferraz/A Tribuna Jornal
Luiz Cláudio Venâncio Alves, ex-secretário municipal de Guarujá, no litoral de São Paulo, foi detido após atirar com uma arma durante uma confusão dentro de um terminal rodoviário. De acordo com o boletim de ocorrência, Luiz é policial militar da reserva e foi liberado após pagar fiança. Ninguém foi atingido pelo disparo.
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Segundo apurado pelo g1, Venâncio foi secretário municipal de Defesa e Convivência Social na Prefeitura de Guarujá. O caso ocorreu, por volta das 21h desta quarta-feira (2), na Praça das Nações Unidas, onde funciona o terminal rodoviário Ferry Boat e o shopping Ferry Boat’s Plaza.
De acordo com o boletim de ocorrência, uma equipe da Polícia Militar recebeu um chamado dizendo que o suspeito estava armado, alterado e agressivo com os funcionários do terminal rodoviário.
Quando os agentes chegaram no terminal, Venâncio não estava no local. A equipe policial ouviu os funcionários, que disseram que o homem havia pedido os rádios de comunicação do controlador de acesso, que não entregou.
O ex-secretário teria saido do local nervoso, dizendo que estava cansado de ser roubado. Enquanto os policiais orientavam os funcionários, Venâncio apareceu novamente e, de dentro de um carro, efetuou um disparo que atingiu a vidraça de uma loja que estava fechada.
Os policiais realizaram a abordagem e, durante uma revista no carro, encontraram a pistola. Ao ser questionado, o ex-secretário informou que havia disparado o tiro acidentalmente.
Ele foi levado até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para exames e, em seguida, encaminhado até o 1º Distrito Policial de Guarujá, onde foi ouvido e liberado após pagar uma fiança no valor de dois salários-mínimos (aproximadamente R$ 2,8 mil).
O que diz o ex-secretário?
Acompanhado do advogado, Luiz Cláudio Venâncio prestou depoimento na delegacia, dizendo que é capitão da PM da reserva não-remunerada. Ele contou que é diretor de uma empresa de segurança que presta serviços no terminal rodoviário e foi até o local conversar com um colaborador para pedir um valor em dinheiro, que precisava para o dia seguinte.
O ex-secretário disse que estava parado na faixa de ônibus e saiu para dar uma volta no quarteirão. Em seguida, ele viu um segurança e parou o carro para perguntar sobre o funcionário que com quem pegaria o dinheiro.
Nessa hora, acidentalmente, ocorreu o disparo com a arma que estava com ele. Venâncio ainda disse que foi até viatura policial para informar sobre o armamento e se desculpar pelo disparo acidental.
“Disparo acidental de arma de fogo não configura crime. Com o desenrolar do processo judicial os fatos serão devidamente esclarecidos”, disse Venâncio ao g1.
Arma
A arma de fogo que estava com o ex-secretário foi apreendida e encaminhada ao Instituto de Criminalística para exames. Ele contou que o armamento tinha sido doado por um policial militar que trabalhou com ele como segurança de um condomínio.
Segundo Venâncio, o contrato de doação foi registrado no Sistema Nacional de Armas. No entanto, a polícia não encontrou o registro e investiga a titularidade da arma.
A City Transporte, administradora do terminal rodoviário Ferry Boat e do Ferry Boat’s Plaza, confirmou a ocorrência de disparo acidental por arma de fogo. Segundo a empresa, o disparo atingiu a vitrine de uma das lojas do centro de compras, que no momento estava fechado e vazio. Não houve feridos.
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