4 de outubro de 2024

Polícia suspende venda de marcas de azeite no ES e apreende mais de 400 garrafas

Suspeita é que os produtos foram adulterados e que os consumidores estavam comprando óleo em vez de azeite. As apreensões aconteceram em dois supermercados de Cariacica e Vila Velha. Mais de 400 garrafas de azeite são apreendidas
Mais de 400 garrafas de azeite foram apreendidas em dois supermercado de Cariacica e Vila Velha, na Grande Vitória. Os produtos, segundo a Polícia Civil, tinham sinais de adulteração. A venda das marcas Serrano, Pérola Negra e Carcavelos foi suspensa.
O responsável pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), Eduardo Passamani, afirmou que os azeites eram vendidos bem abaixo do preço de mercado, em estabelecimentos focados em um público com menor poder de compra. Segundo a polícia, essa é uma estratégia antiga dos falsificadores.
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“O preço é o principal indicativo de suspeita, porque hoje o preço gira em torno de R$ 40. Esses eram vendidos em média de R$ 26 a R$ 28. O criminoso pega um produto falsificado, coloca um preço muito baixo para vender rápido e joga em pequenas redes para que a gente não consiga identificar”, explicou Passamani.
Ação da polícia suspende três marcas de azeite vendidas em supermercados da Grande Vitória
Divulgação/Polícia Civil
Ainda segundo a polícia, os produtos apreendidos ainda serão analisados em laboratório, mas foi possível perceber que a textura e o cheiro se aproximam mais de um óleo de cozinha.
“Vai ser feita uma análise, primeiro, para saber: com relação às três marcas, o que tem dentro dessa garrafa? Isso faz mal à saúde do consumidor? Porque o fabricante não é identificado. Pela característica sensorial, parece ser óleo. Nós já identificamos, em outras ações, que eles usavam óleo de lamparina dentro do azeite”, frisou o delegado.
Todos os azeites retidos serão enviados ao Ministério da Agricultura (Mapa), em Brasília, para avaliação.
Uma das marcas já estava proibida
A Serrano, uma das marcas retiradas dos estabelecimentos, já tinha sido banida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde a semana passada. Agora, a polícia vai investigar por que o produto ainda estava sendo vendido e se os estabelecimentos sabiam das fraudes.
Se for comprovado, o supermercado pode responder ao mesmo crime do adulterador: o de relação de consumo, cuja pena é de 2 a 5 anos de reclusão.
“O comerciante tem um dever com o consumidor. Ele tem que saber o que está vendendo. Então vai ser investigado se houve uma omissão, para identificar uma possível responsabilização”, destacou o titular da Decon.
O outro lado
A reportagem do g1ES procurou a Intralogística Distribuidora Concept, empresa responsável pelas marcas Serrano, Carcavelos e Pérola Negra, mas não houve retorno até o momento.
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